sábado, 30 de janeiro de 2010

Cotidiano

Inspirado nos matinais da minha vida escrevi isso:

Cotidiano

Todos mortos ainda vivos
cheios de assuntos interminados
todos soltos, porém cativos

O metrô corre eletrificado
todos os vivos na estação
ainda mortos apavorados

São empilhados num só vagão
Rodas e trilhos assobiando
ditam o rítimo da paixão

No vidro da frente o reflexo olhando
já é motivo pra distrair

a porta abre pra entrar um vivo
(que morto vai se encostando)

Á frente a negra masmorra
e vê-se o espectro do carcereiro
que transita por entre as dores

descem os vivos ainda mortos
Sem querer ainda entrelaçados
levantam pó marchando (com membros tortos)

todos os vivos apavorados
mediante o pasmo da multidão
Que descobre vivos esquartejados
e mortos em vibração.

3 comentários:

Angels 30 de janeiro de 2010 às 23:29  

muito legal o Poema é oq eu vejo diariamente foi assim é, assim agora e sera tbm no futuro sempre cheios trens ônibus avião é tudo.

Euber Ferrari 30 de janeiro de 2010 às 23:38  

Se acreditarmos que vai ser sempre assim, é melhor nem lutarmos. Lutamos por que acreditamos na possibilidade de vencer, lutar sem perspectiva é desperdício de tempo e trabalho.

Angels 1 de fevereiro de 2010 às 20:34  

é por isso que temos q se mexer para mudar pq se deixar o rio corre sempre no mesmo lugar passa anos sem se mudar..

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