segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Natal ilusão...

Quem inventou o natal?

Mamãe disse que é o dia do nascimento de Jesus Cristo...
Mas porque tem casas que tem mais luzes piscando que outras e as mesas são tão fartas ?
Me disseram que o papai Noel vem a meia noite. Meu amiguinho disse que ficou esperando mais acabou cochilando, e quando acordou tinha tanto presente!
Mas eu não cochilei e nem mesmo preguei os olhos um só segundo esperei a noite inteira e nada, nada de presente! Será que ele esqueceu de mim? Fui na casa ao lado, na outra a mesma coisa! nada!
Agora entendi papai Noel não existe para os pobres e não entra em barracos ou casas humildes por que não tem nada para ele encher aquela barriga enorme !!! Antes fosse isso...
Ele é uma farsa , somos enganados todos os dias com propagandas e filmes natalinos na televisão, os próprios pais enganam seus filhos com essa história de papai Noel e enganam a si mesmos.Na verdade estão alimentando a barriga enorme do papai Capitalismo!!!
Devia ter uma lei que os punissem, enganar gente humilde e crianças inocentes é crime.


Jociane

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quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Lagrimas em Sangue

Um poema meu nascido hoje

Lágrimas em Sangue


Sangue e lágrimas se misturam

Em um mundo obscuro

Sangue e lágrimas se misturam

Em um mundo obscuro


Sangue e lágrimas se misturam

Em um mundo totalmente escuro

Sangue e lágrimas se misturam

Em um mundo em Guerra


Sangue e lágrimas se misturam

Em um mundo de feridas abertas

Sangue e lágrimas se misturam


Sangue e lágrimas se misturam

Sangue e lágrimas se misturam

Neste nosso mundo

Sangue e lágrimas se misturam.

um abraço a todos.

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quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Convite: Samuel Macário na Líder - Revolução Poética.

É isso ai, galera, o Samuel vai colar aqui no "Negro" pra falar sobre o seu livro e debater um pouco sobre literatura e periferia com o pessoal aqui do movimento Revolução Poética - Poetas do Negro.

Quem quiser chegar, é só colar.

Abraço

Edu.

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quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Até quando vc vai cair nessa?

Já reparou que todos os escândalos políticos, largamente divulgados pela mídia, coincidem com anos eleitorais?

2005 - Ano Eleitoral: 2006

Escândalo mensalão
Escândalo das Furnas

2007 - Ano Eleitoral: 2008

Escândalo dólares na cueca
Escândalo Daniel Dantas - Grupo Opportunity

Citando alguns... se muitos dos escândalos de corrupção o próprio PSDB é participante:

69 CPIs Abafadas pelo Geraldo Alckmin (PSDB), curiosamente não veio a público, as irregularidades que NÃO foram investigadas em seu governo no estado de São Paulo.

A ESTRATÉGIA DO PSDB É PATÉTICA.
E ME INDIGNA VER PESSOAS QUE AINDA CAEM EM SUAS CONVERSAS...
LEMBRO-ME BEM QUE EM 1998, NA ELEIÇÃO PARA PRESIDENTE, QUANDO FERNANDO HENRIQUE CARDOSO, ESTAVA CONCORRENDO AO SEGUNDO MANDATO, E FOI Á 2º TURNO COM LULA, SURGIU UMA "EX MULHER" DO LULA, RECLAMANDO DE QUE O MESMO NÃO PAGAVA PENSÃO ALIMENTÍCIA... E QUE A MESMA ESTAVA EM ESTADO DE MISÉRIA... POIS BEM, LULA PERDEU A ELEIÇÃO E DIAS APÓS, DESCOBRIU-SE QUE ERAM INVERDADES O QUE A MULHER VEIO EM PROGRAMA ELEITORAL GRATUITO, NO HORÁRIO DESTINADO AO PSDB.
E A HISTÓRIA É A MESMA...
O PSDB, USA ESSA ESTRATÉGIA HÁ ANOS... SOLTAM INFORMAÇÕES NA MÍDIA, BOATOS... QUE ATÉ SEREM PROVADOS, ULTRAPASSAM AS ELEIÇÕES, PORTANTO, MESMO QUE SEJA UMA MENTIRA DESLAVADA, O POVO JÁ CAIU... E JÁ OS ELEGEU...
ENTÃO, PRESTE ATENÇÃO... NÃO ACREDITE EM BOATOS, EM FATOS DIVULGADOS EM ANO ELEITORAL... Por Que VAI SE SENTIR UM PALHAÇO... E SER MASSA DE MANOBRA DA ELITE.
O QUE DEVE PREVALECER É O PROGRAMA DE GOVERNO... BASEIE-SE NISSO, O PROGRAMA DE GOVERNO PROTOCOLADO E REGISTRADO.

E NÃO SEJA MAIS UMA PESSOA COM O CABRESTO PSDEBISTA!!!

Também vejo muitos falarem que não vota na Dilma porque não conhece e vai votar no que não presta porque conhece sabe que não faz nada mais é mais conhecido tem anos de experiencia mamando na teta do pais estes papos me irrita, já fizeram besteira votando no Tiriricam, vê se desta vez para e reflita, na propaganda é todo lindo Metrô fatec, eu fiz ETEC e posso dizer que faltava coisas lá com dinheiro que eles gastam não era pra faltar nada, Metrô cheio Trem Cheio Ônibus cheio tudo lotado e de má qualidade e ainda querem aumentar a passagem.
Quero ver ter copa aqui com tudo um lixo nem avião escapa os aeroportos tão cheios também.

Os que gostam de votar nulo é melhor repensar os deputados tiveram muitos nulos mais por causa dos 1.000 bobo alegre que acha que politica é comedia o Tirica ganhou os nulos podiam ter evitado ou dado mais votos a ele.

Politica no Brasil não é Comédia é Drama.

Da pra mudar o sistema basta não perder a fé e abaixa a cabeça.
abraço.

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segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Mario Quintana

Os poetas jogam os poemas
por sobre as águas do mar.
Na praia do Mar do Tempo
que versos irão chegar?

Fisiognomia
Há longos narizes pensativos que parecem estar pescando.
São uns introvertidos, uns inofensivos... O diabo são esses narizinhos arrebitados, sempre dando
conta de tudo.

A Função

A função do poeta não é explicar-se.A função do poeta é
expressar-se

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sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Não Faz Sentido! - Políticos

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quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Literatura nas Ruas - por Sérgio Vaz


Literatura, pão e poesia - Sergio Vaz

A literatura na periferia não tem descanso, a cada dia chega mais livros. A cada dia chega mais escritores, e, por conseqüência disso, mais leitores. Só os cegos não querem enxergar este movimento que cresce a olho nu, neste início de século. Só os surdos não querem ouvir o coração deste povo lindo e inteligente zabumbando de amor pela poesia. Só os mudos, sempre eles, não dizem nada. Esses, custam a acreditar.
Não quero nem falar dos saraus que estão acontecendo aos montes, pelas quebradas de São Paulo. Isto me tomaria muito tempo. Haja visto as dezenas de encontros literários, pipocando nas noites paulistanas. Cada qual do seu jeito, cada qual com seu tema, cada qual a sua maneira de cortejar as palavras.
Mas eu quero falar mesmo e da poesia que se espalhou feito um vírus no cérebro dos homens e mulheres da periferia. Pois é, essa mesma poesia que há tempos era tratada como uma dama pelos intelectuais, hoje vive se esfregando pelos cantos dos subúrbios à procura de novas emoções.
O Tal poema, que desfilava pela academia, de terno e gravata, proferindo palavras de alto calão para platéias desanimadas, hoje, anda sem camisa, feito moleque pelos terreiros, comendo miudinho na mão da mulherada.
Vocês, por acaso, já ouviram falar do tal poema concreto? Pois é, os trabalhadores e desempregados estão construindo bibliotecas com eles, nas favelas. E o lobo mau pode assoprar que não derruba. Apesar da pouca roupa que lhe deram está se sentindo todo importante com sua nova utilidade.
A periferia nunca esteve tão violenta, pelas manhãs é comum ver, nos ônibus, homens e mulheres segurando armas de até 400 páginas. Jovens traficando contos, adultos, romances. Os mais desesperados, cheirando crônicas sem parar. Outro dia um cara enrolou um soneto bem na frente da minha filha. Dei-lhe um acróstico bem forte na cara. Ficou com a rima quebrada por uma semana.
A criançada está muito louca de história infantil. Umas já estão tão viciadas, que, apesar de tudo e de todos, querem ir para as universidades. Viu, quem mandou esconder ela da gente, agora a gente quer tudo de uma vez!
Dizem por aí que alguns sábios não estão gostando nada de ver a palavra bonita beijando gente feia. Mas neste país de pele e osso, quem é o sábio ? Quem é o feio? E olha que a gente nem queria o café da manhã, só um pedaço de pão. Que comam brioches!
Não, não é Alice no país da maravilha, mas também não é o inferno de Dante. É só o milagre da poesia.

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quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Teatro de Graça

Olá pessoal!!!
muito tempo sem postar nada mas agora venho para divulgar duas peças teatrais que eu acho que vale a pena ir ver.
a primeira é Em Pedaços,que fala dos nossos problemas no dia a dia de uma forma cômica mas com a intenção de te fazer pensar sobre e não fazer esquecer dos seus problemas, sábados e domingos, 19:00 horas, no Engenho Teatral.A entrada é gratuita porque você já pagou: o projeto é patrocinado pelo Programa Municipal de Fomento Ao Teatro Para a Cidade de São Paulo, dinheiro público logo dinheiro seu.já que você já pagou mesmo o melhor é ir lá e aproveitar.
Ingressos grátis na hora, no teatro
lotação 200 lugares
Estacionamento Gratuito no local
Estação Carrão do Metrô
Dentro do Clube Escolar Tatuapé
Rua Monte Serrat,230-fone 2092-8865.
E a segunda é se chama Pessoas que passam a passos de pés
baseando-se em textos literários de autores como Clarice Lispector, Drummond e Vinícius de Morais.
nos dias
08/08
17 horas no CEU Jambeiro
Dia 14/08
18 Horas CEU Jambeiro
Dias 10/07;07, 21 e 28/08
18 horas CEU Aricanduva.
é isso ai pessoal espero que vejam as peças um abraço a todos.

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sexta-feira, 18 de junho de 2010

Quase quarenta.




A dama encara o espelho e observa angustiada as marcas que o tempo imprimiu em seu sorriso, a maquiagem pesada não pode esconder as pequenas manchas na pele clara, as quais ela se recusou a perceber. Os vinte anos se foram levando os amantes e a idéia de que o futuro não importa.
Ao seu redor estão quatro ou cinco gatos, escondidos em baixo da mobília empoeirada,o papel de parede amarelado combina com o som do bolero e com a garrafa de bebida barata.
Ela apaga o cigarro até pensa em esvaziar o cinzeiro, mas se distrai ao perceber que seu esmalte vermelho está lascado, olha pela janela e vê garoa, apanha um casaco e sem opção abraça a madrugada.


Emily Stevarengo

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segunda-feira, 31 de maio de 2010

Algumas palavras de revolta - por Tawany, do "Negro"





Eu não sonho,
Na verdade, nem sei o que é isso.
As vezes me pergunto
Se Deus existe mesmo, porque se ele existisse,
Eu não viveria como vivo hoje.

Olho à minha volta
Vejo jovens se acabando em drogas,
Crianças sem ter o que comer.

Políticos canalhas tirando de quem nada tem:
Simplesmente tiram, e fica por isso mesmo.

Ninguém faz nada para isso mudar!
Entristeço ao ver o mundo dessa forma
E não poder tomar nenhuma decisão;
Não poder fazer nada para isso mudar!

Sem saber para onde ir, onde fugir,
Em quem me esconder...

Quero que o sonho que eu não sei sonhar,
Um dia se torne realidade
E que tudo em minha volta seja um paraíso,
Que deixe de ser ilusão.
Cansei de sofrer.
Cansei desse mundo cruel.
Cansei de chorar, cansei de não conseguir dormir,
Cansei de viver... Cansei de tudo isso!

Quero aprender o significado do que é sonhar,
Pois só sonhando consigo me desligar desse
Maldito mundo infernal.

[Tawani - 14 anos - poeta do coletivo - Poetas do Negro]


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segunda-feira, 24 de maio de 2010

Euber falando sobre arte, periferia, favela e poesia.

Um salve pros parceiros do Rebeliarte. Dia 15 de maio o Euber chegou aqui no "Negro" pra falar um pouco sobre arte independente, poesia e periferia. Das duas horas de conversa, editei um pequeno vídeo que tem muito a ver com a proposta do blog. Vale conferir.


Um abraço!


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domingo, 16 de maio de 2010

Para refletir



achei esta imagem navegando na net, acho que foi esta que o Euber comentou no Rebeliarte.
um abraço a todos.

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sábado, 15 de maio de 2010

Crônica Segundo o Evangelho do Messias não bíblico.

Creio que esse texto fala um pouco do mundo nosso. Ele foi postado no meu blog "As Lágrimas do Palhaço" e aproveito também para postá-lo aqui, já que tem tudo a ver com o que discutimos no Rebeliarte. Espero que gostem. Samuel Macário


Crônica Segundo o Evangelho do Messias não bíblico.

Tornara-se homem com dez anos de idade. Teve de ser pai, para sustentar a mãe e os irmãos pequenos. No farol pedia entre os vidros filmados que não se abriam, o sinal ficava verde uma vez mais. Parecia ter esperança? Nem devia.
Depois fora até a igreja, mas não entrara, ficava onde Deus não existia, mãos estendidas, não clamavam, nem oravam, mas pediam, não para Deus, pois Deus estava entre nuvens filmadas e a ele não via, pedia aos homens que lhe cuspiam a cara e crucificavam-no ainda menino.
Depois de tanto pedir e não ter resolveu tomar. Tomar o que lhe pertencia e outrora lhe tomaram: a fé, o sonho, a esperança... empunhando a doze que o seguia, era Pedro que trilhava os caminhos de um destino que o aguardava. Milagres? Não realizou nenhum. Mas multiplicou os pães que faltavam na quebrada onde nasceu, não na manjedoura, mas num esgoto a céu aberto.
Os humildes o idolatravam a elite queria teu sagrado sangue.
Formou gangue depois de um tempo, escolheu doze parceiros para o crime. Até que um dia por trinta contos um traíra o entregou nas mãos da policia. Não o crucificaram. Morreu a balas, uma em cada mão, uma pra cada pé, não lhe colocaram nenhuma coroa de espinhos, ao invés disso deformaram seu rosto pra que não o reconhecessem.
Não ressurgiu ao terceiro dia, mas em cada irmão que bebeu da água do cálice que repartia, renasceu o teu espírito. Certo é que esses também morreram e morrem da mesma forma, mas virão outros. O sinal está verde. Terão eles esperanças? Nem devem.

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sábado, 1 de maio de 2010

Ferréz, arte independente e revolução

"Com a educação, com a arte, com a cultura, você pode conversar, você pode se expressar, pode por um ponto de vista seu, para um patrão, para um chefe ou para um outro empregado. Você pode chegar, em um nível de igual para igual com qualquer um".
Ferréz
Se existe alguém atualmente que está fraturando velhos paradigmas de arte, literatura e sociedade, esse alguém é o escritor Ferréz. Se eu fosse teorizar, ficaria escrevendo páginas para dizer o que o autor de "Capão Pecado" fala em alguns minutos de vídeo. Dou destaque principalmente para a relação que ele faz entre história e classe social. Quem conta a história são os mais ricos, assim, ficamos excluídos de representação. Daí que a arte independente, mambembe, marginal, é uma forma de existirmos enquanto cultura. Isso nada mais é que afirmação, mobilização e luta.
Eis o vídeo.
Algo mais?
Sim.
Ferréz é o cara!

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sexta-feira, 23 de abril de 2010

O Deus mercado


A resposta mais imediata ao supremo é o consumo.
O espírito de Deus se encontra em cada objeto à venda
E a redenção máxima, a glória espiritual, é o credicard.

A contemplação absoluta ao shopping center
É a estética possível.
O inútil querer
A alienação máxima da existência
A cevada diária
A ração
E o medo ao ócio.

O trabalho...
A substituição...
A constatação grotesca do nosso menos-valor
O retrato de nossa menos-valia
De nossa cadavérica miséria
Espiritual.

Amém.


[Edu]

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domingo, 18 de abril de 2010

Movimentos de Cultura na Periferia

A esperança movimenta a ação. Querer construir uma sociedade sem esperança talvez tenha sido um dos mais sinistros desígnios da contemporaneidade. A velocidade da tela torna a ação real morosa, quase impossível. Daí a morbidez, a insensibilidade, a falta de zelo pelo ser e pelo mundo.


A arte funciona como uma forma de sabotagem no sistema. Ela nos obriga a sonhar. Toda arte se faz enquanto projeção, e, assim sendo, rompe de algum modo, com o nosso senso de percepção do concreto. Em outras palavras, nos mostra um pouco da nossa medíocre existência.

A arte que nasce nos mais distantes espaços da cidade se constrói enquanto esperança pura. Utopia. E, mais do que qualquer outra forma, a literatura liberta, emancipa e humaniza. Nos mostra que ainda é possível sonhar.

Novos artistas, novos poetas, novos escritores são os novos construtores de um novo amanhã.

Procure se informar sobre os movimentos de cultura periférica.

[Edu - postado inicialmente em http://edukaw.blogspot.com/]

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domingo, 11 de abril de 2010

Poetas do Negro

Fala, gente. Venho para apresentar um coletivo de poetas da Cidade Líder, Zona Leste de São Paulo. Os Poetas do Negro já produzem textos juntos desde o ano passado, mas só agora decidiram invadir o espaço online.


O blogue está no ar desde sexta, e esperamos atualizar constantemente, com muitos poemas novos.
Vistem:
http://poetasdonegro.blogspot.com/

Estamos juntos. Em rede somos mais fortes.

[Edu]

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domingo, 4 de abril de 2010

Professores em Greve!!! Sem educação, literatura é um sonho distante.


Falar em arte sem falar em Educação é difícil. Mais difícil é vivenciar ao caos em que encontramos as escolas Estaduais de São Paulo. Professores humilhados por uma política perversa, mesquinha, que, ao longo de mais de 15 anos de desgoverno (PSDB, é claro), vem lançando os estudantes, filhos de trabalhadores, moradores de periferia, ao mais completo abandono.


Assim, a luta dos Professores da Rede Estadual de ensino é de todos. A Greve busca melhoria de condições de estudo para todos. Apóie a greve. Acompanhe. A luta é contra o governo Serra, os tubarões da mídia (Globo, Folha de São Paulo, Estadão...), contra todos os inimigos da escola pública, gratuita e de qualidade. Com a vitória, quem leva a melhor é o povo, que é dependente da educação pública.

Nas ruas, em busca de maiores conquistas.
Contra as ratazanas do capital.

Pela arte, cultura, educação e literatura.

Tudo em nossas mãos.

[Edu]

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quinta-feira, 1 de abril de 2010

Porque eles mandam os pobres



Este é um video com o clip da banda System of a down onde eles fazem uma pergunta
que muito devem fazer, principalmente quem esteve na guerra sem ter desejado isso.

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O que é poesia

Poesia é veneno, é bomba

Artilharia pesada
Que acerta a alma
Não erra
Alcança
Nunca se cansa.

Poesia é alento
É o último recurso
De uma vida sofrida
Marcada

Bomba, veneno, pancada
O poema explode

Não tem hora marcada.


[Eduardo Kawamura]
edukaw@hotmail.com
Twitter: @edukaw
http://edukaw.blogspot.com/

Inalgurando as postagens dos Poetas do Negro, no Rebeliarte.
Em rede somos mais fortes.

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terça-feira, 30 de março de 2010

Já era tempo!!!

Sempre é tempo de iluminar
Fazer dia a escuridão sem fim
E sonhar
Com os olhos abertos

Sonhar sonhos diurnos.


É isso. Depois de um tempo elaborando novas ações, estou de volta, e, muito, mas muito em breve, com novos poemas e novas notícias.

Um abraço
com muita revolta
e arte.

Edu

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terça-feira, 23 de março de 2010

A gente se acostuma. Mas não devia.


A gente se acostuma a morar em apartamentos de fundos e a não ter outra vista que não as janelas ao redor. E, porque não tem vista, logo se acostuma a não olhar para fora. E, porque não olha para fora, logo se acostuma a não abrir de todo as cortinas. E, porque não abre as cortinas, logo se acostuma a acender mais cedo a luz. E, à medida que se acostuma, esquece o sol, esquece o ar, esquece a amplidão.


A gente se acostuma a acordar de manhã sobressaltado porque está na hora. A tomar o café correndo porque está atrasado. A ler o jornal no ônibus porque não pode perder o tempo da viagem. A comer sanduíche porque não dá para almoçar. A sair do trabalho porque já é noite. A cochilar no ônibus porque está cansado. A deitar cedo e dormir pesado sem ter vivido o dia.

A gente se acostuma a abrir o jornal e a ler sobre a guerra. E, aceitando a guerra, aceita os mortos e que haja números para os mortos. E, aceitando os números, aceita não acreditar nas negociações de paz. E, não acreditando nas negociações de paz, aceita ler todo dia da guerra, dos números, da longa duração. A gente se acostuma a esperar o dia inteiro e ouvir no telefone: hoje não posso ir. A sorrir para as pessoas sem receber um sorriso de volta. A ser ignorado quando precisava tanto ser visto.

A gente se acostuma a pagar por tudo o que deseja e o de que necessita. E a lutar para ganhar o dinheiro com que pagar. E a ganhar menos do que precisa. E a fazer fila para pagar. E a pagar mais do que as coisas valem. E a saber que cada vez pagar mais. E a procurar mais trabalho, para ganhar mais dinheiro, para ter com que pagar nas filas em que se cobra.

A gente se acostuma a andar na rua e ver cartazes. A abrir as revistas e ver anúncios. A ligar a televisão e assistir a comerciais. A ir ao cinema e engolir publicidade. A ser instigado, conduzido, desnorteado, lançado na infindável catarata dos produtos.

A gente se acostuma à poluição. Às salas fechadas de ar condicionado e cheiro de cigarro. À luz artificial de ligeiro tremor. Ao choque que os olhos levam na luz natural. Às bactérias da água potável. À contaminação da água do mar. À lenta morte dos rios. A Se acostuma a não ouvir passarinho, a não ter galo de madrugada, a temer a hidrofobia dos cães, a não colher fruta no pé, a não ter sequer uma planta.

A gente se acostuma a coisas demais, para não sofrer. Em doses pequenas, tentando não perceber, vai afastando uma dor aqui, um ressentimento ali, uma revolta acolá. Se o cinema está cheio, a gente senta na primeira fila e torce um pouco o pescoço. Se a praia está contaminada, a gente molha só os pés e sua no resto do corpo. Se o trabalho está duro, a gente se consola pensando no fim de semana. E se no fim de semana não há muito o que fazer a gente vai dormir cedo e ainda fica satisfeito porque tem sempre sono atrasado.

A gente se acostuma para não se ralar na aspereza, para preservar a pele. Se acostuma para evitar feridas, sangramentos, para esquivar-se de faca e baioneta, para poupar o peito. A gente se acostuma para poupar a vida. Que aos poucos se gasta, e que, gasta de tanto acostumar, se perde de si mesma.


Marina Colasanti


Nesse texto, Marina Colasanti, como em tantos outros textos de sua autoria, desvela comportamentos e ações humanas de todo dia, coisas que fazemos sem nenhuma reflexão. Aqui ela, a meu ver, traz uma profunda reflexão do quanto nos alienamos ao sistema capitalista e o adotamos a partir de modos individualistas, sem nem relutar a isso, apenas nos acostumamos à vida como ela é, sem nenhum questionamento ou intenção de mudá-la.



Texto publicado no livro "Eu sei, mas não devia", Ed. Rocco - Rio de Janeiro, 1996, pag. 09.

Leiam também E por falar em amor, Ed. Rocco,1986.

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sexta-feira, 12 de março de 2010

Motivo

Eu canto porque o instante existe
e a minha vida está completa.
Não sou alegre nem sou triste:
sou poeta.

Irmão das coisas fugidias,
não sinto gozo nem tormento.
Atravesso noites e dias
no vento.

Se desmorono ou se edifico,
se permaneço ou me desfaço,
- Não sei, não sei. Não sei se fico
ou passo.

Sei que canto. E a canção é tudo.
Tem sangue eterno a asa ritmada.
E um dia sei que estarei mudo:
- mais nada.

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quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Tiradentes

Hoje eu vou postar um poema de Gonçalves Ribeiro espero que gostem que reflitam
um abraço.


Tiradentes


Ei-lo, de pé, cansado e macilento,
fitando as grades da prisão maldita.
Tem preso o corpo, livre o pensamento,
e sonha ainda e ainda o sonho o agita.

Não teme a morte, que um herói não teme
senão a sorte amarga do país.
E se a alma chora e se o peito geme
é vendo a pátria escrava e infeliz.

Vai Morrer Tiradentes, eis a hora:
qual irmão trata o algoz que vai matar;
e o carrasco soluça e treme e chora
ante a vida de amor que vai tirar.

Vai morrer um gigante brasileiro
por querer livre a pátria que venera.
E se na forca a morte o vê primeiro,
a glória eterna dos heróis o espera.

Despedaçam-lhe o corpo cruelmente
os covardes sem pena, os vis tiranos,
crendo assim que ante o horror um povo
[crente
desistia dos sonhos soberanos.

- Tiradentes, teu vulto brilha tanto,
e esse brilho de ardor que nós invade,
diz que enquanto sentirmos teu encanto,
nós creremos com fé na liberdade!
(Gonçalves Ribeiro).

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sábado, 20 de fevereiro de 2010

O que é Literatura?

Essa foi a pergunta que abriu o trabalho do REBELIARTE neste ano. A literatura é para nós? Nós da Periferia? Fomos feitos pra literatura?
Perguntas no ar pra pensar e se discutir. O documentário de Ferréz respondeu, Ela não foi feita para nós, mas vamos buscá-la, tomá-la. Agimos com e para Literatura e para seu Universo e a queremos, não a queremos mais como privilégios de alguns, queremos como semente nossa, plantada em infértil concreto, mas possívelmente a árvore mais resistente e bela, com os frutos mais doces e a folhagens mais vivas.
Vamos agir e ousar, pois, a literatura também é toda nossa. Nossa voz será rugido e vento da tempestade.
Sejam bem-vindos novas caras ao REBELIARTE, aqui a poesia não é só dita ou escrita, ela é clamor, é sentimento, é sangue, é vida. Aqui ela acontece, não é arte por arte, é arte por um Mundo. Aqui a poesia ousa no coração e na alma. Samuel Macário.

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sábado, 13 de fevereiro de 2010

O MALABARISTA

Ao lançar meus sonhos Acima
A esperar agarrá-los e lançar de novo,
Vejo-os espatifar em concreto e rima
E quebrar-se como se quebrasse um ovo.

Vejo-os quicar no Asfalto
De cara como quem cai,
Os que dançavam lá no Alto.
Vejo o malabares que vai

E volta pesado em minhas mãos
E segura-los não posso mais,
Passando entre meus braços e os vãos
Da minha Alma fraca demais.

E nos faróis a quem iludia,
Sinto-me mais ludibriado ainda
Pelos meus fracassos de noite e dia.
Vejo então que o número se finda.


(Samuel Macário; In: As Lágrimas do Palhaço. Setembro de 2009)

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quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Poemas da Bianca

Olá pessoal hoje eu to trazendo uns poemas de uma mina amiga minha ela tem um blog e add la seus poemas eu achei legal e pedi pra ela deixar eu postar aqui. afinal poesia é pra todos!!!

Luta pelos diamantes
Não,eu lutarei nas batalhas
eu despedaçarei todos em migalhas
chega de fúteis,inúteis e ignorantes
quero queimados na fogueira,
eu vejo sangue
o que vejo são aqueles diamantes

Lutando pelo dinheiro
matando pro brilhantes
olhando para um mundo de pessoas irritantes
palhaçada dos ignorantes
cultura e antiga
políticos recebem milícias
e tudo não passa de uma grande mentira?

Se escondem atraz de uma mascara superficial
fugindo de uma vida de inutilidade
fingindo que isso não e verdade
despejando sangue aos diamantes
berrando por alto-falantes

Se for pra cruzar o caminho dos fúteis
Tão simples são os inúteis
temos apenas uma doce verdade
coisas simples pedem os covardes.

Ser feliz

Se você acha que está na pior
Experimente olhar para o lado
De um sorriso
Pois tem gente que está num verdadeiro abismo
De cobras serpentes e escorpiões
Talvez seja melhor mudar suas ações

Se te entristece uma chuva pequena
Pense que pelo menos não há inundações
Olhe para os outros pobres corações

Tem sempre gente na pior
E você fica remoendo esse veneno
É capaz de dar para seu inimigo
Que um tempo atrás era batizado de amigo

Sempre tudo muda
Piora ou melhora
É o caos e o fogo
A mentira e o dragão
São olhos e sangue de uma multidão
E quando você está por baixo
Sendo pisado igual um capacho
Depois você chora e implora por uma pausa

Mais a dor não tem regras nem compreensão
Com uma espada e cajado na mão
E a outra erguendo um coração
Se tudo pode melhorar ou piorar onde está a razão...

Aquele que um dia viveu
Do ouro do vinho
Como um deus sem coroa de espinhos
Tudo pode mudar...
É uma questão de ver
Se os olhos não enxergam melhor esquecer
Pois no prato sujo está a tristeza
No outro sua fria incerteza
O que mais você quer numa mesa que foi colocada sua ingratidão?
Quem será o fraco sem razão?
Mais a certeza está naquele que chamo de irmão
Feliz mesmo sem nada, não anda triste
A vida é um vazio para aquele que não vive
Sorrindo e fazendo dribles na dor e na compaixão
A vida pode ser dura, triste com persuasão
Mas você pode escolher ser feliz ou não.

Para quem quiser ver mais poemas dela acesse
http://poesiasdabia.blogspot.com/

um abraço a todos!!!

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quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

O sonho da Universidade

Hoje em dia o sonho da Universidade para as pessoas de baixa renda é uma ilusão, as bolsas que o governo propociona é injusta e covarde, apenas passa uma ilusão ao povo de que está fazendo muito, temos o exemplo recente do SISU (Sistema de Seleção Unificada) As condições das Escolas Estaduais não traz bons números para o Enem – Exame Nacional de Ensino Médio. Das 1000 escolas avaliadas, as 965 piores notas são de Escolas Estaduais. De outro lado, as escolas particulares (privadas) possuem 905 dos 1000 melhores resultados. As notas de corte eram de 800 em diante isso significa foram poucos alunos de escola pública que conseguiu entrar numa Universidade Federal, sem falar no número de vagas algumas faculdades, tinham 400 vagas e abriu só 10 vgs o maior número de vaga foi 100 pelo menos em São Paulo. acho que deveria ter uma cota para pessoas mais velhas que não conseguiram chegar a Universidade antes dos 30 anos, enfim é muito frustante e eu senti isso na pele, o caminho é não desistir e continuar estudando e tentando até conseguir.



Somos pobres
trabalhadores e explorados
somos a margem
excluídos
as promessas de mudar nossa história
é usado para manter esses bandidos no poder..

Jô( jociane)

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domingo, 7 de fevereiro de 2010

A rede se forma

Sábado estive em uma roda de conversa sobre Socialismo e Marx ai em Guaianases, na casa do camarada Renato. Estavam presentes pessoas de diversos movimentos culturais da região, além de uma galera muito firmeza que conheci no dia. Claro, falei em nome do Rebeliarte e do Espaço. A proposta do pessoal é realizar um encontro sempre na primeira sexta-feira de cada mês. A Jô e a Carol estavam comigo. Achei um bom espaço para leitura de poemas, também.

Tornando a proposta de comunitarismo viva.

Precisamos estar em todos os lugares, com todas as pessoas.

Um grande abraço.

EduKaw

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sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Provérbio do Improviso

(a Euber Fernando Ferrari, Bê)

Esgoto
Ex-gota que flui o gosto da vida,
Esgotada
Ex-gota da mesma via, via lago

No largo aperto do coração, mais
Perto do
Esgoto, onde jogo fora
Tudo que não gosto,
resíduos de gesto
indigesto.

Da boca que comeu solta o palavrão
E o resto
Que vai pelo ralo é tóxica ilusão.

No Esgoto
Toda minha alma gasta
Vira poça sem que
possa resistir à tentação

De se sujar com mais um poema
imundo
E nesse dilema do mundo
me inundo
Da cura que acho
no facho
Da pura contradição.

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quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

O perigo no Trote

Alguns jovens tem um sonho em comum passar no vestibular e cursar um boa Faculdade para assim aumentar sua chance no mercado de trabalho ou aprender uma área que sempre quis saber como era, mais em dias de hoje quando vê o resultado não sabe se comemora ou se chora ou se vai com um exercito no primeiro dia porque a chance dele morrer com um “trote” é grande.
Adolescentes sem noção matam pessoas como se não fossem nada desta vez fizeram um garoto tomar etanol, pessoas como essa serão medicas, advogados e tantos outros profissional a pergunta é sera que pessoas destas podem mesmo sair por ai tendo atitudes de psicopatas? Que não dão valor algum a vida só que encher a cara e ter atitudes pior do que de animais não racionais,
e outra pergunta que se deve fazer é já que isso não começou ontem por que já não criaram meios para acabar com isso seja com punições, ou só fazendo rolda pra prevenir este tipo de coisa? Quanto de lucro estão tendo para continuar com isso? Deve ser muito nê para continuar assim, vários casos que na maioria das vezes não dão em nada. Já passou da hora de resolver isso porque vida vale muito.

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terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Educação e visão de mundo


Dias atrás numa conversa informal com pessoas "comuns" surgiu na roda o assunto "Educação" como profissão. Eis o que as pessoas disseram pensar sobre isto:


"Professor ganha bem sim!", "Professor tem duas férias por ano!", "Professor cumpre horários bem flexíveis!", "Professor paga meia-entrada em cinema, teatro, shows, etc!", "Professor... professor... professor!".


Já se percebe que as pessoas não vêem que estamos tão fudidos e mal pagos quanto elas! E conseqüentemente não compreendem aquilo que, aliás, muitos professores também não compreendem: o significado político de ser parte da educação pública. Não há uma compreensão de que na educação pública se encontra a parcela da sociedade politicamente excluída do sistema capitalista; a parcela que encontra e continuará encontrando limitações enormes, capazes de impedir que essa emancipe rumo à criticidade necessária para torná-la participativa no universo político de seu país, justamente aquele que decide e decidirá as condições de vida de todos nós. Diante disto, estar na educação é antes de tudo uma opção política importante para ganhar mentes e corações capazes de mudar o rumo da história.


Nós na condição de professores, além de ensinarmos e aprendermos com toda e qualquer pessoa tudo o que a humanidade nos deixou de patrimônio cultural, temos o papel de contribuir para a formação de pessoas (do povo), para que não sejam racistas, homofóbicas, machistas; para que questionem o que nos é imposto na televisão e na mídia em geral, para que lutem contra as condições de vida que nos é imposta, para que, enfim, mudem não só suas vidas mas também a de seu povo.


Nada fácil! Especialmente para quem está fudido e mal pago!


Vamos pensar nas salas superlotadas, na falta de estrutrura e apoio ao trabalho docente, nos conflitos dentro e fora de sala, no tanto que nos é exigido, na tarefa política que temos, no tanto que estudamos (gastamos) e no pouco que ganhamos pelo muito que fazemos.


Educação é antes de tudo uma opção política!



Foi só um desabafo!

Abraço a todos!

Fábio Pinheiro

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domingo, 31 de janeiro de 2010

Alguns

Alguns passos dados no escuro
Algumas palavras sorrateiras
Alguns deveres mal cumpridos

Algumas imagens esquecidas
Alguns amigos do passado
Algumas pegadas no caminho

Algumas folhas caídas
Alguns temores escondidos
Alguns fantasmas

Nada mais.
Nem mesmo a distância de mim mesmo
No espelho
É real.

Alguns...

[Eduardo Kawamura]
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sábado, 30 de janeiro de 2010

Cotidiano

Inspirado nos matinais da minha vida escrevi isso:

Cotidiano

Todos mortos ainda vivos
cheios de assuntos interminados
todos soltos, porém cativos

O metrô corre eletrificado
todos os vivos na estação
ainda mortos apavorados

São empilhados num só vagão
Rodas e trilhos assobiando
ditam o rítimo da paixão

No vidro da frente o reflexo olhando
já é motivo pra distrair

a porta abre pra entrar um vivo
(que morto vai se encostando)

Á frente a negra masmorra
e vê-se o espectro do carcereiro
que transita por entre as dores

descem os vivos ainda mortos
Sem querer ainda entrelaçados
levantam pó marchando (com membros tortos)

todos os vivos apavorados
mediante o pasmo da multidão
Que descobre vivos esquartejados
e mortos em vibração.

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A MÁFIA DAS GRANDES UNIVERSIDADES

Passou-se o ensino médio e o sonho de muitos jovens é o ingresso numa universidade. Poder finalmente escolher a carreira e seguir e se satisfazer pessoalmente, certo, nada de mal nisso, porém, o jovem encontra alguns obstáculos do meio do caminho.

O primeiro grande desafio será exatamente pra jovens que não tiveram acesso a um bom ensino, ou seja o ensino particular, que é o ensino que visa o maior vestibular do Brasil a Fuvest, ensino esse que é de pequeno acesso, somente aos filhos de um grupo de elite.

Já que citei o grande vestibular da Fuvest, que é um vestibular dificili-mo, que abrange nove obras literárias, e pouco menos de 100 questões de todas as matérias escolares, mas com um grau elevado de dificuldade, impossibilitando alunos de escolas públicas, já que a grande maioria não tem a mínima ideia de como tal questão pode ser resolvida, já que eles não foram preparados para tal vestibular. Ou será que o vestibular não foi preparado para eles? Estranho. A USP é uma universidade pública então por que só os filhos dos patrões tem acesso a ela? O curso de medicina por exemplo é um sonho que só os filhos da elite podem ter, além do curso ser integral, a nota de corte para o ingresso no curso é altíssima.
Por que a USP quer somente os filhos dos patrões? Os que sempre tem tudo?

O jovem então que toma "bomba" na Fuvest vai ter que recorrer ao ensino particular. Justo? Vai procurar as "Uniletrinhas" ou "Unidisciplininhas", além do que vão se tornar produto nas mãos dessas que cobrarão absurdamente, já que há um reajuste todo ano no valor da mensalidade. E por que o dinheiro dos pobres interessa à essas Universidades?

Muitas perguntas sem resposta, provando uma imensa injustiça no sistema educacional de nosso país. Os ricos não pagam e os pobres sempre pagam pelos ricos.

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sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

EMPRESA DO RISO

O profissional palhaço
deve comercializar o riso.
(pinga uma lágrima no piso).

O funcionário palhaço
como outros, faz hora extra,
utiliza da esquerda se inútil a destra.

O empresário do espaço
do circo vendido e triste,
Prostituído e com retocolite.

O engraçado palhaço
Hoje já não mais insiste
Persiste com todos os risos do fracasso.

(In: Lágrimas do Palhaço; Samuel Macário - Setembro de 2009)

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quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Tempo

Olá a todos!!!

como hoje é dia de eu postar eu vou postar um poema meu e ele foi feito quando eu estava com tempo pra observar o tempo ai o poema veio espero que gostem.

Tempo


Tempo, tempo quanto tempo

o ponteiro do relógio percorre

as vezes calmo e devagar

e as vezes mais rápido

tentando me atrapalhar


O Tempo não passa

na verdade quem passa

somos nós por entre o tempo

deixando no tempo um puco de nós.


um abraço a todos...

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quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Traduzir-se

Ontem era meu dia de postar aqui no blogger, contudo, o dia foi corrido e não foi possível. Então, como pedido de desculpa, deixarei de presente um poema muito bonito do Ferreira Gullar, cujo nome é o título desta postagem.



Traduzir-se

Uma parte de mim é todo mundo
Outra parte é ninguém, fundo sem fundo

Uma parte de mim é multidão
Outra parte estranheza e solidão

Uma parte de mim pesa, pondera
Outra parte delira

Uma parte de mim almoça e janta
Outra parte se espanta

Uma parte de mim é permanente
Outra parte se sabe de repente

Uma parte de mim é só vertigem
Outra parte linguagem

Traduzir uma parte na outra parte
Que é uma questão de vida e morte
Será arte ?


Ferreira Gullar


Este poema foi musicado pelo Fagner e virou uma das canções mais bonitas que já escutei. Deixo aqui um vídeo da Adriana Calcanhoto cantando-o, só violão e voz; Espero que gostem!


Saudações culturais!



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segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Sérgio Vaz - Colecionador de Pedras - Inspire-se!

Sérgio Vaz é um poeta da Zona Sul de São Paulo que representa todas as quebradas com o movimento cultural Cooperifa. O sarau acontece toda quarta, e reune centenas de pessoas. Vou deixar um poema desse parceiro, que sirva de inspiração para a galera do Rebeliarte chegar chegando nas próximas atividades.


Porém
Sérgio Vaz


Queria ter vivido melhor,
Porém a mediocridade sempre me foi farta e generosa
Nos caminhos que escolhi para viver.

Queria ter sido mais alegre,
Porém a tristeza sempre foi companheira fiel
Nos dias intermináveis de abandono.

Queria ter amado mais as pessoas que conheci
Ou que fingi conhecer,
Porém na maioria das vezes, eu também não me conhecia.

Queria ter andado mais livre,
Porém, algemado à ignorância, perdi muito tempo
Tentando voar sem sequer saber andar.

Queria ter lido mais livros,
Porém, analfabeto de ousadia, passei muitos anos
Enxergando pelos olhos adormecido de outras pessoas.

Também queria ter escritos mais poemas
Do que bilhetes pedindo desculpas,
Porém, as palavras sempre me vieram como culpa
E não como estrelas.

Queria ter roubado mais beijos e abraços
Das meninas que andavam desprotegidas,
Protegidas pela magia da infância,
Porém, cresci muito cedo, e a timidez sempre me foi
Uma lei muito severa a ser cumprida.

Queria ter pensado menos no futuro,
Porém, o passado simples nunca foi o melhor presente
E a eternidade sempre me pareceu coisa de gente que tem preguiça de viver.

Queria ter sido um homem mais humilde
Porém, a vaidade e a ganância sempre me cercaram
De mimos e coisas que até hoje não sei para que serviram.

Queria ter pregado mais a paz,
Porém, como um covarde, gastei muita munição tentando atingir amigos e
desconhecidos que não usavam coletes à prova de balas nem blindados no
coração.

Queria ter sido mais forte,
Porém rir dos vencidos e bajular os mais ricos
Sempre me pareceu o caminho mais curto
Para o esconderijo secreto das minhas fraquezas.

Queria ter dito mais a verdade,
Porém a mentira sempre foi moeda de troca
Para comprar o respeito e a admiração das pessoas fúteis
De almas vazias.

Queria que o mundo fosse mais justo
Porém, avarento de nascença, fui o primeiro a esconder o sol na palma da
mão, antes que o vizinho o fizesse.

E mesquinho por vocação escondi as noites com lua
Para que os poetas não a cortejassem.

Queria ter dito mais besteiras,
Porém fui desses idiotas amantes das proparoxítonas
E sujeito oculto nos bate-papos de botecos de esquinas,
Onde a vida não acontece por decreto.

Queria ter colhido mais flores,
Porém o medo de espinhos afugentou a primavera.

E outono que sempre fui,
plantei inverno quando a terra pedia verão.

Hoje queria ter acordado mais cedo,
Porém temo que pra mim
Seja tarde demais.


******

Se quiser conhecer um pouco mais sobre a obra do poeta, eu analisei alguns textos no meu blog, só chegar.
Um abraço. E muita poesia na cabeça de vocês.
Edu.
[edukaw@hotmail.com]


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domingo, 24 de janeiro de 2010

Experiências Musicais

Além de política e literatura, também sou apaixonado por música e toco um pouco de guitarra. Vou postar para o pessoal do Rebeliarte uma composição minha e da Jociane, nós fizemos já tem um tempo, e chama-se "Sombras". Escrevi a letra pensando no processo de globalização, da violência que se comente em relação aos direitos, com a invasão das grandes corporações econômicas em nosso país. Da pobreza que aumenta, dos ricos que se tornam mais ricos e da necessidade de lutar contra o processo que só avança.
Eu gravei as guitarras e montei o arranjo. A Jô cantou. Ainda não é definitivo, mas é de coração.
Abraço, Edu.

Sombras

A aldeia global se perdeu entre paredes de um sonho sem luz.
O que nos resta de a esperança é o consumo barato que já não me seduz.
A corrida pelo ouro é marcada pelo som que se repete e que nunca tem fim.
É o algoz mascarado de um tempo já marcado que se arranca de mim.

Se estamos aqui, é pra resistir, é pra sonhar.
Tudo tem seu começo e agora é tempo de recomeçar.
Recomeçar.



[edukaw@hotmail.com]
[Blog Literatura e Sociedade]
[Twitter]

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sábado, 23 de janeiro de 2010

As páginas da História




O papel que é branco
alva estrela de paz
luminosa flor no céu,
Cintila radiante meteorito
como um copo de leite
que doce fosse meu néctar
essa folha sem sombra.

No Alvorecer
Aparece a mão esquerda
que com a cor de Zumbi
e as armas de Marighella
escrevem as primeiras letras
No caderno
Com Sangue.
Em rubro tinge-se o papel.

Sangue de Guevara
Sangue dos que caíram
Sangue de Inocentes
Sangue na Bandeira.
Sangue da História

E a memória tinge folhas
de um livro com sangue.

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sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Sophia de Mello Breyner Andressen


CHE GUEVARA

Contra ti se ergueu a prudência dos inteligentes e o arrojo dos patetas
A indecisão dos complicados e o primarismo
Daqueles que confundem revolução com desforra

De poster em poster a tua imagem paira na sociedade de consumo
Como o Cristo em sangue paira no alheamento ordenado das igrejas

Porém
Em frente do teu rosto
Medita o adolescente à noite no seu quarto
Quando procura emergir de um mundo que apodrece

Sophia de Mello Breyner Andresen, in "O Nome das Coisas"


Sophia de Mello Breyner Andresen é uma poetisa e contista portuguesa, uma das mais importantes da história da língua portuguesa, e uma das mais importantes vozes femininas da poesia. Foi a primeira mulher a receber o prêmio Camões.

Vale a pena conferir sua grande obra indico aqui os "POEMAS ESCOLHIDOS" que conta com uma organização de poemas da autora feita por Vilma Arêas que é professora da Universidade Estadual de Campinas e autora.

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quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

A Evolução

A Evolução humana não tem nada em evolução, já que tudo que o Ser Humano fez ate hoje foi ser egoísta, deixando seus desejos mais primitivos - os mesmos de qualquer animal sem inteligência alguma - o dominarem, ao invés do raciocínio e da Inteligencia. Como meio de consolo, já que ser um ser tão egoísta e mesquinho traz a alguns o sentimento de culpa, criaram a ilusão de serem os filhos do Criador do Universo, e com isso o tornavam o "Alfa" entre os outros e não importava quanto de sangue manchariam a Terra, permitindo que seus sentimentos fossem satisfeitos. A Evolução Tecnológica ocorreu curando as limitações humanas, mais a mental não, estando sempre preso ao seu passado.
Deixo aqui o link do vídeo e da musica que me fez pensar um pouco sobre a Evolução Humana e lembre-se que ainda podemos evoluir! .



Faça a Evolução

Woo...
Eu estou a frente, eu sou o homem
Eu sou o primeiro mamífero a usar calças, yeah
Eu estou em paz com minha luxúria
Eu posso matar pois em Deus eu confio, yeah
É a evolução, baby

Eu estou em paz, eu sou o homem
Comprando ações no dia da quebra
No frouxo, eu sou um caminhão
Todas as colinas rolantes, eu irei aplanar todas elas, yeah
É comportamento de rebanho, uh huh
É a evolução baby

Me admire, admire meu lar
Admire meu filho, ele é meu clone
Yeah yeah, yeah yeah
Esta terra é minha, esta terra é livre
Eu faço o que eu quiser, irresponsavelmente
É a evolução, baby

Eu sou um ladrão, eu sou um mentiroso
Esta é minha igreja, eu canto no coro
(Aleluia, Aleluia)

Me admire, admire meu lar
Admire minha música, aqui estão minhas roupas
Porque nós conhecemos, apetite por banquete noturno
Esses índios ignorantes não tem nada comigo
Nada, por que?
Porque é a evolução, baby!

Eu estou a frente, eu sou avançado,
Eu sou o primeiro mamífero a fazer planos, yeah
Eu rastejei pela terra, mas agora eu estou alto
2010, assista isso ir para o fogo

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quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Leia as obras de Gabriel Garcia Marquez

"Amor nos tempos do Cólera", do escritor latino americano Gabriel Garcia Marques foi o livro mais lindo que já li, não conseguia parar, devorei cada pagina... foi uma leitura muito boa, é um livro que recomendo muito, aliás não só ele mais também "Do amor e outros demonios" é muito bom... se eu for começar, vou recomendar todos dele... Agora estou lendo "A aventura de Miguel Littín clandestino no Chile". O que eu gosto nos livros de Gabriel G.M. é que você viaja junto com o personagem, é como se você estivesse lá também; os detalhes, cada detalhe é descrito e isso faz com que você imagine, como estivesse vendo tudo, inexplicavel!

Hoje deixo essa dica : apreciem a leitura.

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terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Inspiração política


Já há algum tempo me vem à cabeça a idéia de um poema, mais político, que trate da relação entre o poder do capital e os muitos homens e mulheres que cedo partem para o trabalho. Acho que o poema abaixo, ainda sem nome, é digno de tal idéia e nos possibilita algumas reflexões a respeito desta relação. Espero que vocês gostem.






eles partem aos montes

partem às quatro, às cinco, às seis, às sete, às oito

partem a toda hora

partem sem ter hora para voltar

partem de todos os lados

para um ponto central da vida cotidiana

lugar onde mora o capital

partem em navios superlotados

e lá vão vender o corpo

em troca de capital que pague

a eletropaulo, a telefônica, a sabesp

e pague a todos os seus algozes

dívidas mais eternas

que o amor sonhado



eles partem aos montes

partem às quatro, às cinco, às seis, às sete, às oito

partem a toda hora

partem sem ter hora para voltar

partem partidos

partem escravos



Fábio Pinheiro

em 15/01/10

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segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Tortura no regime militar por Latuff

O cartunista carioca Carlos Latuff é um dos artistas mais criativos do movimento social. É muito conhecido no mundo, amado pelos lutadores palestinos e odiado pelos chacais do capitalismo mundial. Recentemente postou essa charge sobre a anistia aos torturadores do regime militar. Achei fantástica e decidi compartilhar.
Torturador tem que ser condenado pelos seus crimes.

Pretendo fazer uma postagem só para comentar o trabalho de Latuff mais pra frente, enquanto isso, visitem a galeria de imagens do artista, basta clicar na figura abaixo. Detalhe, aprecie sem moderação.

[Edu]

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domingo, 17 de janeiro de 2010

Diga não a rede globo.

Salve, manos e minas do Rebeliarte!!!
Leitores e leitoras da revolução!!!

Trago apenas algumas palavras de revolta em relação a máquina do mal, que corrói cérebros, elege canalhas a presidente, leva a juventude ao esvaziamento e a banalidade "malhacionescas", formata pensamentos a partir de novelas toscas e campeonatos de futebol cambalachados.

Revolta mortal a Rede Globo.
Produto da ditadura.
Enquanto camaradas sofriam torturas, eram mortos, sequestrados por militares, o povo recebia receitas de bolo.
Não podemos esquecer esses fatos.
Emissora da direita.
Emissora do capital.

Não há poesia em um mundo de alienação.
Não há poesia com a Rede Globo!

Mais revolta?
Escrivi sobre o BigBrother, é um texto mais pesado, mas não impossível, se quiser se aventurar, está aqui.

Um abraço aos camaradas e às camaradas de revolta!!!
E vida longa ao Rebeliarte.

Rebelião e Arte!!!!

[Edu]

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REGRESSO!!!

Fala galera! Finalmente meu pc foi arrumado e posso postar novamente.

Sei que to postando meio tarde no meu novo dia, mas o computador só ficou pronto agora.

Escrevo com grande satisfação em dizer que esse ano de 2010 vai vir com mais ousadia mais arte mais rebelião e mais literatura.

Nossa reunião de hoje já marcou a data do retorno das atividades do centro cultural Carlos Marighella para 20/02/2010, já para discutirmos sobre literatura e literatura marginal.

Esse ano promete mais ousadia e mais lindos poemas e mais grandes arte e conquistas pela frente, rumo à revolução!!! ou pelo menos um passo dela.

Um abraço para todos que ousam nesse mundo cheio de barreiras.

té + (Samuel Macário sam.macario@gmail.com)

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sábado, 16 de janeiro de 2010

Luta nas ruas ao som de Vandré

Eis uma gravação que eu fiz já há um tempinho com a Jô e estava meio que enconstada por ai. Trata-se de "Para não dizer que não falei das flores", de Geraldo Vandré.
Nós refizemos o arranjo. As guitarras foram gravadas por mim e a voz é dá Jô. Espero que gostem.
Edu



Pra Não Dizer Que Não Falei Das Flores

Geraldo Vandré
Composição: Geraldo Vandré

Caminhando e cantando
E seguindo a canção
Somos todos iguais
Braços dados ou não
Nas escolas, nas ruas
Campos, construções
Caminhando e cantando
E seguindo a canção...Vem, vamos embora
Que esperar não é saber
Quem sabe faz a hora
Não espera acontecer...(2x)Pelos campos há fome
Em grandes plantações
Pelas ruas marchando
Indecisos cordões
Ainda fazem da flor
Seu mais forte refrão
E acreditam nas flores
Vencendo o canhão...Vem, vamos embora
Que esperar não é saber
Quem sabe faz a hora
Não espera acontecer...(2x)Há soldados armados
Amados ou não
Quase todos perdidos
De armas na mão
Nos quartéis lhes ensinam
Uma antiga lição:
De morrer pela pátria
E viver sem razão...Vem, vamos embora
Que esperar não é saber
Quem sabe faz a hora
Não espera acontecer...(2x)Nas escolas, nas ruas
Campos, construções
Somos todos soldados
Armados ou não
Caminhando e cantando
E seguindo a canção
Somos todos iguais
Braços dados ou não...Os amores na mente
As flores no chão
A certeza na frente
A história na mão
Caminhando e cantando
E seguindo a canção
Aprendendo e ensinando
Uma nova lição...Vem, vamos embora
Que esperar não é saber
Quem sabe faz a hora
Não espera acontecer...(4x)

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sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Acorda Moçada!!!

Sim, acorda moçada que o tempo não espera
Agarra essa batalha
que a oportunidade já vai..
A velhice te espera
e o que vais fazer, sentado e parado assistindo a TV.
Já pensaste no que éis capaz de fazer?
Tu éis capaz de mudar o mundo...

É só acreditar!!! Moçada vocês vão longe!!!

(JÔ)(canteiro de poesia)

SOMENTE PARA VER

O sol brilha lá fora
Aqui dentro o mundo gira
A lua cheia la fora, seu luar ilumina
Aqui dentro tudo quieto
A chuva cae sobre os telhados
E lá dentro todos dormem;
O vento sopra forte, derrubando tudo que vê.
E todos saem, somente para ver;
Somente para ver, só...

(JÔ)

REFLEXO DA LUZ

A luz reflete nos meus olhos,
extraindo tudo dentro de mim,
Piscando eu imploro que deixe um pouco de mim.
Mas a luz penetra, invadindo tudo assim,
me sinto esvaziada, já não resta nada em mim..
(JÔ)

Para um amigo

Atravessaste os muros
da realidade social,
Rompeste as barreiras do preconceito,
E com tuas poesias vais romper corações endurecidos.

(JÔ)

Saudações amigos da zona leste, sul, leste e oeste de São Paulo e do Brasil!!!

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quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Tenda Literária - Poemas

No fim do ano nós participamos de uma atividade do projeto Tenda Literária, que faz parte do Instituto Paulista de Juventude, que também atua em Guaianases. Naquele dia houve um sarau com a participação do escritor Sacolinha e nós escrevemos alguns poemas. Então, o Vandei postou os textos e as fotos. Quem puder passar para olhar, estão aqui.


Abraço.

Edu

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Retomada à escrita no blog - 2010

Eaê pessoal! Eta 2010, ano eleitoral, ano de muito trabalho à frente do Ponto de Cultura, ano de mais concurso público na área da educação, ano de copa do mundo, ano dos meus 28 anos... Eta 2010... Quanta expectativa nos dá? Sabemos que ainda será difícil, por outro lado,o futebol aí está para apaziguar toda nossa tristeza... Eta Ponto de cultura! Já estamos com a mão na massa para construí-lo; sabemos que as tarefas serão muitas, muitas e por isso, como sempre, contaremos com a mão de todos e todas neste trabalho. Ele será a nossa cara! Bom, quero deixar aqui um texto que escrevi no meu blog - Pé de pinheiro - Espero vocês lá!

O TEXTO

O ano começou difícil com todos estes desastres naturais, em especial a situação nas periferias da cidade, em São Luiz do Paraitinga e outras cidades, e no Haiti. em especial quero falar do Haiti.

SOLIDARIEDADE AO HAITI

Ler jornal e estar no mundo não é nada fácil, infelizmente a felicidade nunca é noticiada e difícil de encontrar, a do povo então, raramente acontece, haja vista a política econômica a favor da constante emancipação das elites imperialistas no Brasil e no mundo.

Muito me entristece todas estas devastações naturais, ainda mais quando atingem povos tão sofridos como o povo Haitiano. A situação lá já não era fácil e agora mais essa, é duro ver um povo perder a vida assim, em meio a tanta desgraça.
Também fico sentido com a morte de pessoas como Zilda Arns, afinal ela, como tantos outros, muito contribuiu para o combate às desigualdades sociais.

Tomo a liberdade de divulgar aqui em meu blog o texto escrito por um camarada de militância, Edú, e publicado em seu blog, pois como ele penso que estas tragédias não podem nos fazer esquecer, se é que lembramos, de todas as injustiças (muitas que acontecem sem que sejamos informados pela mídia) que nos assolam há décadas e nos negam a emancipação e a igualdade de condições de vida, e isso sem prazo de encerramento.

SEGUE O TEXTO

DESGRAÇAS NATURAIS E DESGRAÇAS NATURALIZADAS

Triste a situação do Haiti. País extremamente pobre, espoliado de sua dignidade material pelas nações do norte, como vários outros, recebe agora mais um desastre natural para contabilizar em suas desgraçadas vivências. Mas não vamos esquecer de outros mortos, de outros sujeitos violentados diariamente. Que uma desgraça não sirva para a mídia sobrepor a outra, visando esquecimento.

Lembremos:

Das agressões ao povo palestino;
Da violência policial nas periferias do Brasil;
Dos desabamentos;
Da perseguição sofrida pelos trabalhadores sem terra pelos latifundiários;
Da fome que aumenta no mesmo ritmo em que aumenta a acumulação de capital;
Do imperialismo estadunidense que leva sua máquina de morte milionária aos mais distantes cantos do mundo;
Dos torturados no regime militar;
Dos torturados hoje pela polícia; Do racismo;
Da profunda ignorância a que o povo se encontra lançado;
Do descaso político em relação a Educação pública;
Do modelo econômico que privilegia o capital especulativo e lança o povo na pobreza;
A corrupção deslavada dos mesmos grupos políticos de sempre;
Do meio ambiente destroçado pela consumo exacerbado dos países ricos;
Do golpe em Honduras;
Dos mortos no Carandiru;
Da política nefasta do PSDB.

Lembremos de tudo. De todas as guerras, de todas as mortes, de todas as fomes. O que precisamos é de uma boa dose de revolta.

ENCERRO COM O VÍDEO DO YOU TUBE DE UMA MÚSICA COMPOSTA POR CAETANO VELOSO E GILBERTO DE NOME "HAITI" E QUE TEM TUDO A VER COM ESSAS REFLEXÕES.



Ah, hoje o Frei Beto publicou na Folha de São Paulo um texto em homenagem à Zilda Arns. Vale a pena ler!

É isso aí pessoal... temos um ano inteiro pela frente para construímos uma série de coisas legais e estarmos na luta contra o sistema.

Espero vocês lá no blog, no Espaço Cultural Carlos Marighella e aqui!

Abraços.

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terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Mais uma dose de São Paulo

Hehe, cheguei hoje pra escrever de novo aqui e o blog do Rebeliarte tá de cara nova!
Um pouco colorido demais, mas tá da hora.
aqui, de novo pra contar mais uma 'aventura' em Sampa city .
Cinco e meia da tarde, final da jornada. Desde às sete e meia no trampo.
Finalmente livre. Uma caminhada até o metrô, ontem tomei chuva e cheguei em casa encharcado. Hoje, um sol de lascar, o tempo na cidade cinza é muito louco, vinte minutos de caminhada fritando debaixo do sol até o metrô.

Metrozão lotado e eu numa mistura de fome e sono enorme. Dormindo em pé, dando umas pescadas, cada vez que abro os olhos vejo várias pessoas olhando pra mim com aquela cara de quem quer perguntar: Você tá bem?
Faço um esforço pra manter os olhos abertos e não ficar passando vergonha dentro do vagão. Passam duas estações, aí o metrô enche de verdade, nem tem mais como pescar o aperto não permite.
Finalmente 'Corinthians Itaquera', desço a escada rolante e já vejo um quiosquezinho, o estômago ronca. Encosto, compro uma esfiha e um suco de abacaxi gelado. Estava no final já quando um moleque chegou perto com uma caixa cheia de amendoim pra vender.
Vai amendoim aí tio?
Não obrigado. (não gosto muito de amendoim)
Então o sr. pode me pagar um pão de queijo?
(Não pensei meia vez) Opa, pede aí mano! Quer um suco também?
Só balançou a cabeça que sim.
Paguei o suco e dez pãezinhos de queijo pro menino, ele agradeceu e falou:
vendendo amendoim por que quero comprar um tênis pra mim!
Assim mesmo, sem drama, sem demagogia, falou a real.
É isso aí mano, infelizmente é essa a realidade, tem que trampar porque o mundão aí fora tá louco. Vário moleques da sua idade, vão pro lado errado aí e você ta ligado como é que terminam.
É verdade, eu vou lá vender tio, ver se consigo alguma coisa, obrigado!
Vai lá mano, boa sorte!
Terminei de comer e fui descendo a outra escada, o moleque estava lá em baixo vendo o amendoim dele, olhou pra mim, se esforçou pra segurar tudo numa mão só e fez um sinal de jóia com a esquerda.
Perguntei: Quanto é o amendoim mano?
Cinquenta centavos.
Espera aí.
Contei o que tinha sobrado no bolso. Dois e cinquenta, dá cinco ?
É
Então me dá cinco!
Obrigado tio, valeu!
É pra te ajudar mano, pra você comprar seu tênis.
Obrigado!
Dois e cinquenta não faz nem diferença. Imagina o tanto de amendoim que ele vai ter que vender pra comprar o tênis dele.
Mas é só uma fé no moleque, se ninguém comprar ele desacredita da batalha e vai partir pro lado 'fácil', aí é que fica embaçado.
Conheço vários parceiros de esquerda que dizem sonhar com um mundo melhor e lutar por ele, mas se recusam a comprar o chocolate, a pipoca, o amendoim do moleque do farol, do estacionamento, do metrô.
Muitos alegam: É, a gente não pode colaborar com esse tipo de coisa, é trabalho infantil, é crime, a gente tem é que fazer alguma coisa pra ele não precisar trabalhar mais!
Claro que isso tem sua parcela de verdade, mas é aí que eu deixo meu recado:
Meu querido em partes você tá certo, mas até acontecer a revolução e as coisas mudarem por aqui, tem tempo o suficiente pra esse moleque virar bandido. Aí quando isso acontecer você vai fazer o que pra mudar o mundo dele?

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quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Escravos de um sistema

Olá a todos esta é primeira vez que eu estou postando e vou postar um poema meu que alguns já conhecem, agora eu espalho ele pelo mundo rsrs espero que gostem.

Escravo de um sistema

Escravo foram meus antepassados
Alguns nem seu nome eu sei
Só sei que meus avos e pais também foram
E agora parece ser minha vez
Mais eu não quero mais isso
Nem comigo e nem com meus amigos
Quero uma nação unida sem preconceito
Contra sujeito ou animal
Quero um mundo de iguais
Quero que este inferno não exista mais.

é isso ai um abraço a todos!!!

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sábado, 2 de janeiro de 2010

Por um novo tempo

O ano novo nunca é novo.
A angústia das palavras caladas, permanece.
As dores na alma,
O estalo do chicote,
A morte insana,
Permanecem.

A vontade de mudar
O sentimento rato.
O esgoto vivo
Tudo permanece.

O ano não muda
não vejo razão para festa
em um recomeço falso.
O tempo é a dimensão eterna
do nada
sem o esforço consciente.

Que não leve uma vida a mudança

Que leve seja a vida, com a mudança.

(Que tenhamos motivos reais para comemorar. Que o novo não seja a contraditória permanência do mesmo. Que a felicidade venha, e seja vermelha. Que seja de todos. E quando vier, se espalhe por todos os cantos do mundo proclamando um novo tempo. E que, ai sim, o céu se ilumine, e seja alimento para almas, ideias e esperanças)

edukaw@hotmail.com
Twitter: @edukaw
http://edukaw.blogspot.com/

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sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

Encontro(le)

Voltando à ativa, não trouxe mensagem de ano novo, trouxe um texto que escrevi no meu blog e que gostei muito.
Não é um texto tão agressivo quanto eu costumo escrever, lembra muito mais o meu novo estilo de revolução filosófica (hehe) do que os textos incisivos que já escrevi por aqui.
Aqui vai:

Encontro(le)

Quem é você afinal?
A que passos você segue? A quantos passos você anda?
Quem é que controla tudo isso a que chamamos VIDA?
Há por acaso um senhor de todas as coisas controlando todos os atos e conseqüências com linhas de marionete super obedientes?

A realidade assustadora de que não há ninguém no controle, o absoluto é apenas uma energia que nos mantém vivos e nada mais.
Não há um intelecto super responsável por tudo o que acontece e acontecerá na vida.
Há uma única realidade que é: É você por você mesmo e tem que assumir o controle.

O que é o teu sagrado e de onde você tira tais valores morais, éticos, estéticos, étnicos, técnicos?
Há uma alma em mim que não condiz com a andança universal pra um único caminho controlado pelo descontrole da própria humanidade. Há na cria um leve traçado de um criador desconhecido que ninguém nem sabe ao certo se do bem ou do mal.
E se desconhecido tal criador é, que razão nos sobra pra crer que esse é quem deve controlar as conseqüências e as antisequências de nossa tão breve existência?

É preciso ter um pulso um pouco mais firme quando se trata de nós mesmos, abandonarmo-nos ao acaso e esperarmos que uma força superior e desconhecida providencie as delícias, as belezas, os sonhos, as conquistas distantes é no mínimo um desperdício tamanho do poder gigantesco que tem a fagulha que nos dá VIDA.

É preciso um tanto quanto mais de amor e também de ódio. É preciso um tanto quanto mais de alegria e um leve toque de tristeza. É preciso antes de mais nada a possibilidade de amar, de odiar, de se sentir alegre e triste. É preciso acima de tudo saber sentir e querer sentir a doçura que tem cada uma das sensações por mais opostas que sejam, é preciso estar aberto à tais êxtases nunca antes experimentados em estado pleno, é preciso acima de tudo amor, amor ao ódio, amor à alegria, amor à tristeza, amor à curta chance de amar.

Tomar o controle pra poder amar, amar pra poder estar no controle.

euber.ferrari@hotmail.com

twitter: @EuberFerrari

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