domingo, 31 de janeiro de 2010

Alguns

Alguns passos dados no escuro
Algumas palavras sorrateiras
Alguns deveres mal cumpridos

Algumas imagens esquecidas
Alguns amigos do passado
Algumas pegadas no caminho

Algumas folhas caídas
Alguns temores escondidos
Alguns fantasmas

Nada mais.
Nem mesmo a distância de mim mesmo
No espelho
É real.

Alguns...

[Eduardo Kawamura]
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sábado, 30 de janeiro de 2010

Cotidiano

Inspirado nos matinais da minha vida escrevi isso:

Cotidiano

Todos mortos ainda vivos
cheios de assuntos interminados
todos soltos, porém cativos

O metrô corre eletrificado
todos os vivos na estação
ainda mortos apavorados

São empilhados num só vagão
Rodas e trilhos assobiando
ditam o rítimo da paixão

No vidro da frente o reflexo olhando
já é motivo pra distrair

a porta abre pra entrar um vivo
(que morto vai se encostando)

Á frente a negra masmorra
e vê-se o espectro do carcereiro
que transita por entre as dores

descem os vivos ainda mortos
Sem querer ainda entrelaçados
levantam pó marchando (com membros tortos)

todos os vivos apavorados
mediante o pasmo da multidão
Que descobre vivos esquartejados
e mortos em vibração.

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A MÁFIA DAS GRANDES UNIVERSIDADES

Passou-se o ensino médio e o sonho de muitos jovens é o ingresso numa universidade. Poder finalmente escolher a carreira e seguir e se satisfazer pessoalmente, certo, nada de mal nisso, porém, o jovem encontra alguns obstáculos do meio do caminho.

O primeiro grande desafio será exatamente pra jovens que não tiveram acesso a um bom ensino, ou seja o ensino particular, que é o ensino que visa o maior vestibular do Brasil a Fuvest, ensino esse que é de pequeno acesso, somente aos filhos de um grupo de elite.

Já que citei o grande vestibular da Fuvest, que é um vestibular dificili-mo, que abrange nove obras literárias, e pouco menos de 100 questões de todas as matérias escolares, mas com um grau elevado de dificuldade, impossibilitando alunos de escolas públicas, já que a grande maioria não tem a mínima ideia de como tal questão pode ser resolvida, já que eles não foram preparados para tal vestibular. Ou será que o vestibular não foi preparado para eles? Estranho. A USP é uma universidade pública então por que só os filhos dos patrões tem acesso a ela? O curso de medicina por exemplo é um sonho que só os filhos da elite podem ter, além do curso ser integral, a nota de corte para o ingresso no curso é altíssima.
Por que a USP quer somente os filhos dos patrões? Os que sempre tem tudo?

O jovem então que toma "bomba" na Fuvest vai ter que recorrer ao ensino particular. Justo? Vai procurar as "Uniletrinhas" ou "Unidisciplininhas", além do que vão se tornar produto nas mãos dessas que cobrarão absurdamente, já que há um reajuste todo ano no valor da mensalidade. E por que o dinheiro dos pobres interessa à essas Universidades?

Muitas perguntas sem resposta, provando uma imensa injustiça no sistema educacional de nosso país. Os ricos não pagam e os pobres sempre pagam pelos ricos.

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sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

EMPRESA DO RISO

O profissional palhaço
deve comercializar o riso.
(pinga uma lágrima no piso).

O funcionário palhaço
como outros, faz hora extra,
utiliza da esquerda se inútil a destra.

O empresário do espaço
do circo vendido e triste,
Prostituído e com retocolite.

O engraçado palhaço
Hoje já não mais insiste
Persiste com todos os risos do fracasso.

(In: Lágrimas do Palhaço; Samuel Macário - Setembro de 2009)

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quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Tempo

Olá a todos!!!

como hoje é dia de eu postar eu vou postar um poema meu e ele foi feito quando eu estava com tempo pra observar o tempo ai o poema veio espero que gostem.

Tempo


Tempo, tempo quanto tempo

o ponteiro do relógio percorre

as vezes calmo e devagar

e as vezes mais rápido

tentando me atrapalhar


O Tempo não passa

na verdade quem passa

somos nós por entre o tempo

deixando no tempo um puco de nós.


um abraço a todos...

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quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Traduzir-se

Ontem era meu dia de postar aqui no blogger, contudo, o dia foi corrido e não foi possível. Então, como pedido de desculpa, deixarei de presente um poema muito bonito do Ferreira Gullar, cujo nome é o título desta postagem.



Traduzir-se

Uma parte de mim é todo mundo
Outra parte é ninguém, fundo sem fundo

Uma parte de mim é multidão
Outra parte estranheza e solidão

Uma parte de mim pesa, pondera
Outra parte delira

Uma parte de mim almoça e janta
Outra parte se espanta

Uma parte de mim é permanente
Outra parte se sabe de repente

Uma parte de mim é só vertigem
Outra parte linguagem

Traduzir uma parte na outra parte
Que é uma questão de vida e morte
Será arte ?


Ferreira Gullar


Este poema foi musicado pelo Fagner e virou uma das canções mais bonitas que já escutei. Deixo aqui um vídeo da Adriana Calcanhoto cantando-o, só violão e voz; Espero que gostem!


Saudações culturais!



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segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Sérgio Vaz - Colecionador de Pedras - Inspire-se!

Sérgio Vaz é um poeta da Zona Sul de São Paulo que representa todas as quebradas com o movimento cultural Cooperifa. O sarau acontece toda quarta, e reune centenas de pessoas. Vou deixar um poema desse parceiro, que sirva de inspiração para a galera do Rebeliarte chegar chegando nas próximas atividades.


Porém
Sérgio Vaz


Queria ter vivido melhor,
Porém a mediocridade sempre me foi farta e generosa
Nos caminhos que escolhi para viver.

Queria ter sido mais alegre,
Porém a tristeza sempre foi companheira fiel
Nos dias intermináveis de abandono.

Queria ter amado mais as pessoas que conheci
Ou que fingi conhecer,
Porém na maioria das vezes, eu também não me conhecia.

Queria ter andado mais livre,
Porém, algemado à ignorância, perdi muito tempo
Tentando voar sem sequer saber andar.

Queria ter lido mais livros,
Porém, analfabeto de ousadia, passei muitos anos
Enxergando pelos olhos adormecido de outras pessoas.

Também queria ter escritos mais poemas
Do que bilhetes pedindo desculpas,
Porém, as palavras sempre me vieram como culpa
E não como estrelas.

Queria ter roubado mais beijos e abraços
Das meninas que andavam desprotegidas,
Protegidas pela magia da infância,
Porém, cresci muito cedo, e a timidez sempre me foi
Uma lei muito severa a ser cumprida.

Queria ter pensado menos no futuro,
Porém, o passado simples nunca foi o melhor presente
E a eternidade sempre me pareceu coisa de gente que tem preguiça de viver.

Queria ter sido um homem mais humilde
Porém, a vaidade e a ganância sempre me cercaram
De mimos e coisas que até hoje não sei para que serviram.

Queria ter pregado mais a paz,
Porém, como um covarde, gastei muita munição tentando atingir amigos e
desconhecidos que não usavam coletes à prova de balas nem blindados no
coração.

Queria ter sido mais forte,
Porém rir dos vencidos e bajular os mais ricos
Sempre me pareceu o caminho mais curto
Para o esconderijo secreto das minhas fraquezas.

Queria ter dito mais a verdade,
Porém a mentira sempre foi moeda de troca
Para comprar o respeito e a admiração das pessoas fúteis
De almas vazias.

Queria que o mundo fosse mais justo
Porém, avarento de nascença, fui o primeiro a esconder o sol na palma da
mão, antes que o vizinho o fizesse.

E mesquinho por vocação escondi as noites com lua
Para que os poetas não a cortejassem.

Queria ter dito mais besteiras,
Porém fui desses idiotas amantes das proparoxítonas
E sujeito oculto nos bate-papos de botecos de esquinas,
Onde a vida não acontece por decreto.

Queria ter colhido mais flores,
Porém o medo de espinhos afugentou a primavera.

E outono que sempre fui,
plantei inverno quando a terra pedia verão.

Hoje queria ter acordado mais cedo,
Porém temo que pra mim
Seja tarde demais.


******

Se quiser conhecer um pouco mais sobre a obra do poeta, eu analisei alguns textos no meu blog, só chegar.
Um abraço. E muita poesia na cabeça de vocês.
Edu.
[edukaw@hotmail.com]


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domingo, 24 de janeiro de 2010

Experiências Musicais

Além de política e literatura, também sou apaixonado por música e toco um pouco de guitarra. Vou postar para o pessoal do Rebeliarte uma composição minha e da Jociane, nós fizemos já tem um tempo, e chama-se "Sombras". Escrevi a letra pensando no processo de globalização, da violência que se comente em relação aos direitos, com a invasão das grandes corporações econômicas em nosso país. Da pobreza que aumenta, dos ricos que se tornam mais ricos e da necessidade de lutar contra o processo que só avança.
Eu gravei as guitarras e montei o arranjo. A Jô cantou. Ainda não é definitivo, mas é de coração.
Abraço, Edu.

Sombras

A aldeia global se perdeu entre paredes de um sonho sem luz.
O que nos resta de a esperança é o consumo barato que já não me seduz.
A corrida pelo ouro é marcada pelo som que se repete e que nunca tem fim.
É o algoz mascarado de um tempo já marcado que se arranca de mim.

Se estamos aqui, é pra resistir, é pra sonhar.
Tudo tem seu começo e agora é tempo de recomeçar.
Recomeçar.



[edukaw@hotmail.com]
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sábado, 23 de janeiro de 2010

As páginas da História




O papel que é branco
alva estrela de paz
luminosa flor no céu,
Cintila radiante meteorito
como um copo de leite
que doce fosse meu néctar
essa folha sem sombra.

No Alvorecer
Aparece a mão esquerda
que com a cor de Zumbi
e as armas de Marighella
escrevem as primeiras letras
No caderno
Com Sangue.
Em rubro tinge-se o papel.

Sangue de Guevara
Sangue dos que caíram
Sangue de Inocentes
Sangue na Bandeira.
Sangue da História

E a memória tinge folhas
de um livro com sangue.

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sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Sophia de Mello Breyner Andressen


CHE GUEVARA

Contra ti se ergueu a prudência dos inteligentes e o arrojo dos patetas
A indecisão dos complicados e o primarismo
Daqueles que confundem revolução com desforra

De poster em poster a tua imagem paira na sociedade de consumo
Como o Cristo em sangue paira no alheamento ordenado das igrejas

Porém
Em frente do teu rosto
Medita o adolescente à noite no seu quarto
Quando procura emergir de um mundo que apodrece

Sophia de Mello Breyner Andresen, in "O Nome das Coisas"


Sophia de Mello Breyner Andresen é uma poetisa e contista portuguesa, uma das mais importantes da história da língua portuguesa, e uma das mais importantes vozes femininas da poesia. Foi a primeira mulher a receber o prêmio Camões.

Vale a pena conferir sua grande obra indico aqui os "POEMAS ESCOLHIDOS" que conta com uma organização de poemas da autora feita por Vilma Arêas que é professora da Universidade Estadual de Campinas e autora.

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quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

A Evolução

A Evolução humana não tem nada em evolução, já que tudo que o Ser Humano fez ate hoje foi ser egoísta, deixando seus desejos mais primitivos - os mesmos de qualquer animal sem inteligência alguma - o dominarem, ao invés do raciocínio e da Inteligencia. Como meio de consolo, já que ser um ser tão egoísta e mesquinho traz a alguns o sentimento de culpa, criaram a ilusão de serem os filhos do Criador do Universo, e com isso o tornavam o "Alfa" entre os outros e não importava quanto de sangue manchariam a Terra, permitindo que seus sentimentos fossem satisfeitos. A Evolução Tecnológica ocorreu curando as limitações humanas, mais a mental não, estando sempre preso ao seu passado.
Deixo aqui o link do vídeo e da musica que me fez pensar um pouco sobre a Evolução Humana e lembre-se que ainda podemos evoluir! .



Faça a Evolução

Woo...
Eu estou a frente, eu sou o homem
Eu sou o primeiro mamífero a usar calças, yeah
Eu estou em paz com minha luxúria
Eu posso matar pois em Deus eu confio, yeah
É a evolução, baby

Eu estou em paz, eu sou o homem
Comprando ações no dia da quebra
No frouxo, eu sou um caminhão
Todas as colinas rolantes, eu irei aplanar todas elas, yeah
É comportamento de rebanho, uh huh
É a evolução baby

Me admire, admire meu lar
Admire meu filho, ele é meu clone
Yeah yeah, yeah yeah
Esta terra é minha, esta terra é livre
Eu faço o que eu quiser, irresponsavelmente
É a evolução, baby

Eu sou um ladrão, eu sou um mentiroso
Esta é minha igreja, eu canto no coro
(Aleluia, Aleluia)

Me admire, admire meu lar
Admire minha música, aqui estão minhas roupas
Porque nós conhecemos, apetite por banquete noturno
Esses índios ignorantes não tem nada comigo
Nada, por que?
Porque é a evolução, baby!

Eu estou a frente, eu sou avançado,
Eu sou o primeiro mamífero a fazer planos, yeah
Eu rastejei pela terra, mas agora eu estou alto
2010, assista isso ir para o fogo

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quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Leia as obras de Gabriel Garcia Marquez

"Amor nos tempos do Cólera", do escritor latino americano Gabriel Garcia Marques foi o livro mais lindo que já li, não conseguia parar, devorei cada pagina... foi uma leitura muito boa, é um livro que recomendo muito, aliás não só ele mais também "Do amor e outros demonios" é muito bom... se eu for começar, vou recomendar todos dele... Agora estou lendo "A aventura de Miguel Littín clandestino no Chile". O que eu gosto nos livros de Gabriel G.M. é que você viaja junto com o personagem, é como se você estivesse lá também; os detalhes, cada detalhe é descrito e isso faz com que você imagine, como estivesse vendo tudo, inexplicavel!

Hoje deixo essa dica : apreciem a leitura.

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terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Inspiração política


Já há algum tempo me vem à cabeça a idéia de um poema, mais político, que trate da relação entre o poder do capital e os muitos homens e mulheres que cedo partem para o trabalho. Acho que o poema abaixo, ainda sem nome, é digno de tal idéia e nos possibilita algumas reflexões a respeito desta relação. Espero que vocês gostem.






eles partem aos montes

partem às quatro, às cinco, às seis, às sete, às oito

partem a toda hora

partem sem ter hora para voltar

partem de todos os lados

para um ponto central da vida cotidiana

lugar onde mora o capital

partem em navios superlotados

e lá vão vender o corpo

em troca de capital que pague

a eletropaulo, a telefônica, a sabesp

e pague a todos os seus algozes

dívidas mais eternas

que o amor sonhado



eles partem aos montes

partem às quatro, às cinco, às seis, às sete, às oito

partem a toda hora

partem sem ter hora para voltar

partem partidos

partem escravos



Fábio Pinheiro

em 15/01/10

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segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Tortura no regime militar por Latuff

O cartunista carioca Carlos Latuff é um dos artistas mais criativos do movimento social. É muito conhecido no mundo, amado pelos lutadores palestinos e odiado pelos chacais do capitalismo mundial. Recentemente postou essa charge sobre a anistia aos torturadores do regime militar. Achei fantástica e decidi compartilhar.
Torturador tem que ser condenado pelos seus crimes.

Pretendo fazer uma postagem só para comentar o trabalho de Latuff mais pra frente, enquanto isso, visitem a galeria de imagens do artista, basta clicar na figura abaixo. Detalhe, aprecie sem moderação.

[Edu]

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domingo, 17 de janeiro de 2010

Diga não a rede globo.

Salve, manos e minas do Rebeliarte!!!
Leitores e leitoras da revolução!!!

Trago apenas algumas palavras de revolta em relação a máquina do mal, que corrói cérebros, elege canalhas a presidente, leva a juventude ao esvaziamento e a banalidade "malhacionescas", formata pensamentos a partir de novelas toscas e campeonatos de futebol cambalachados.

Revolta mortal a Rede Globo.
Produto da ditadura.
Enquanto camaradas sofriam torturas, eram mortos, sequestrados por militares, o povo recebia receitas de bolo.
Não podemos esquecer esses fatos.
Emissora da direita.
Emissora do capital.

Não há poesia em um mundo de alienação.
Não há poesia com a Rede Globo!

Mais revolta?
Escrivi sobre o BigBrother, é um texto mais pesado, mas não impossível, se quiser se aventurar, está aqui.

Um abraço aos camaradas e às camaradas de revolta!!!
E vida longa ao Rebeliarte.

Rebelião e Arte!!!!

[Edu]

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REGRESSO!!!

Fala galera! Finalmente meu pc foi arrumado e posso postar novamente.

Sei que to postando meio tarde no meu novo dia, mas o computador só ficou pronto agora.

Escrevo com grande satisfação em dizer que esse ano de 2010 vai vir com mais ousadia mais arte mais rebelião e mais literatura.

Nossa reunião de hoje já marcou a data do retorno das atividades do centro cultural Carlos Marighella para 20/02/2010, já para discutirmos sobre literatura e literatura marginal.

Esse ano promete mais ousadia e mais lindos poemas e mais grandes arte e conquistas pela frente, rumo à revolução!!! ou pelo menos um passo dela.

Um abraço para todos que ousam nesse mundo cheio de barreiras.

té + (Samuel Macário sam.macario@gmail.com)

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sábado, 16 de janeiro de 2010

Luta nas ruas ao som de Vandré

Eis uma gravação que eu fiz já há um tempinho com a Jô e estava meio que enconstada por ai. Trata-se de "Para não dizer que não falei das flores", de Geraldo Vandré.
Nós refizemos o arranjo. As guitarras foram gravadas por mim e a voz é dá Jô. Espero que gostem.
Edu



Pra Não Dizer Que Não Falei Das Flores

Geraldo Vandré
Composição: Geraldo Vandré

Caminhando e cantando
E seguindo a canção
Somos todos iguais
Braços dados ou não
Nas escolas, nas ruas
Campos, construções
Caminhando e cantando
E seguindo a canção...Vem, vamos embora
Que esperar não é saber
Quem sabe faz a hora
Não espera acontecer...(2x)Pelos campos há fome
Em grandes plantações
Pelas ruas marchando
Indecisos cordões
Ainda fazem da flor
Seu mais forte refrão
E acreditam nas flores
Vencendo o canhão...Vem, vamos embora
Que esperar não é saber
Quem sabe faz a hora
Não espera acontecer...(2x)Há soldados armados
Amados ou não
Quase todos perdidos
De armas na mão
Nos quartéis lhes ensinam
Uma antiga lição:
De morrer pela pátria
E viver sem razão...Vem, vamos embora
Que esperar não é saber
Quem sabe faz a hora
Não espera acontecer...(2x)Nas escolas, nas ruas
Campos, construções
Somos todos soldados
Armados ou não
Caminhando e cantando
E seguindo a canção
Somos todos iguais
Braços dados ou não...Os amores na mente
As flores no chão
A certeza na frente
A história na mão
Caminhando e cantando
E seguindo a canção
Aprendendo e ensinando
Uma nova lição...Vem, vamos embora
Que esperar não é saber
Quem sabe faz a hora
Não espera acontecer...(4x)

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sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Acorda Moçada!!!

Sim, acorda moçada que o tempo não espera
Agarra essa batalha
que a oportunidade já vai..
A velhice te espera
e o que vais fazer, sentado e parado assistindo a TV.
Já pensaste no que éis capaz de fazer?
Tu éis capaz de mudar o mundo...

É só acreditar!!! Moçada vocês vão longe!!!

(JÔ)(canteiro de poesia)

SOMENTE PARA VER

O sol brilha lá fora
Aqui dentro o mundo gira
A lua cheia la fora, seu luar ilumina
Aqui dentro tudo quieto
A chuva cae sobre os telhados
E lá dentro todos dormem;
O vento sopra forte, derrubando tudo que vê.
E todos saem, somente para ver;
Somente para ver, só...

(JÔ)

REFLEXO DA LUZ

A luz reflete nos meus olhos,
extraindo tudo dentro de mim,
Piscando eu imploro que deixe um pouco de mim.
Mas a luz penetra, invadindo tudo assim,
me sinto esvaziada, já não resta nada em mim..
(JÔ)

Para um amigo

Atravessaste os muros
da realidade social,
Rompeste as barreiras do preconceito,
E com tuas poesias vais romper corações endurecidos.

(JÔ)

Saudações amigos da zona leste, sul, leste e oeste de São Paulo e do Brasil!!!

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quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Tenda Literária - Poemas

No fim do ano nós participamos de uma atividade do projeto Tenda Literária, que faz parte do Instituto Paulista de Juventude, que também atua em Guaianases. Naquele dia houve um sarau com a participação do escritor Sacolinha e nós escrevemos alguns poemas. Então, o Vandei postou os textos e as fotos. Quem puder passar para olhar, estão aqui.


Abraço.

Edu

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Retomada à escrita no blog - 2010

Eaê pessoal! Eta 2010, ano eleitoral, ano de muito trabalho à frente do Ponto de Cultura, ano de mais concurso público na área da educação, ano de copa do mundo, ano dos meus 28 anos... Eta 2010... Quanta expectativa nos dá? Sabemos que ainda será difícil, por outro lado,o futebol aí está para apaziguar toda nossa tristeza... Eta Ponto de cultura! Já estamos com a mão na massa para construí-lo; sabemos que as tarefas serão muitas, muitas e por isso, como sempre, contaremos com a mão de todos e todas neste trabalho. Ele será a nossa cara! Bom, quero deixar aqui um texto que escrevi no meu blog - Pé de pinheiro - Espero vocês lá!

O TEXTO

O ano começou difícil com todos estes desastres naturais, em especial a situação nas periferias da cidade, em São Luiz do Paraitinga e outras cidades, e no Haiti. em especial quero falar do Haiti.

SOLIDARIEDADE AO HAITI

Ler jornal e estar no mundo não é nada fácil, infelizmente a felicidade nunca é noticiada e difícil de encontrar, a do povo então, raramente acontece, haja vista a política econômica a favor da constante emancipação das elites imperialistas no Brasil e no mundo.

Muito me entristece todas estas devastações naturais, ainda mais quando atingem povos tão sofridos como o povo Haitiano. A situação lá já não era fácil e agora mais essa, é duro ver um povo perder a vida assim, em meio a tanta desgraça.
Também fico sentido com a morte de pessoas como Zilda Arns, afinal ela, como tantos outros, muito contribuiu para o combate às desigualdades sociais.

Tomo a liberdade de divulgar aqui em meu blog o texto escrito por um camarada de militância, Edú, e publicado em seu blog, pois como ele penso que estas tragédias não podem nos fazer esquecer, se é que lembramos, de todas as injustiças (muitas que acontecem sem que sejamos informados pela mídia) que nos assolam há décadas e nos negam a emancipação e a igualdade de condições de vida, e isso sem prazo de encerramento.

SEGUE O TEXTO

DESGRAÇAS NATURAIS E DESGRAÇAS NATURALIZADAS

Triste a situação do Haiti. País extremamente pobre, espoliado de sua dignidade material pelas nações do norte, como vários outros, recebe agora mais um desastre natural para contabilizar em suas desgraçadas vivências. Mas não vamos esquecer de outros mortos, de outros sujeitos violentados diariamente. Que uma desgraça não sirva para a mídia sobrepor a outra, visando esquecimento.

Lembremos:

Das agressões ao povo palestino;
Da violência policial nas periferias do Brasil;
Dos desabamentos;
Da perseguição sofrida pelos trabalhadores sem terra pelos latifundiários;
Da fome que aumenta no mesmo ritmo em que aumenta a acumulação de capital;
Do imperialismo estadunidense que leva sua máquina de morte milionária aos mais distantes cantos do mundo;
Dos torturados no regime militar;
Dos torturados hoje pela polícia; Do racismo;
Da profunda ignorância a que o povo se encontra lançado;
Do descaso político em relação a Educação pública;
Do modelo econômico que privilegia o capital especulativo e lança o povo na pobreza;
A corrupção deslavada dos mesmos grupos políticos de sempre;
Do meio ambiente destroçado pela consumo exacerbado dos países ricos;
Do golpe em Honduras;
Dos mortos no Carandiru;
Da política nefasta do PSDB.

Lembremos de tudo. De todas as guerras, de todas as mortes, de todas as fomes. O que precisamos é de uma boa dose de revolta.

ENCERRO COM O VÍDEO DO YOU TUBE DE UMA MÚSICA COMPOSTA POR CAETANO VELOSO E GILBERTO DE NOME "HAITI" E QUE TEM TUDO A VER COM ESSAS REFLEXÕES.



Ah, hoje o Frei Beto publicou na Folha de São Paulo um texto em homenagem à Zilda Arns. Vale a pena ler!

É isso aí pessoal... temos um ano inteiro pela frente para construímos uma série de coisas legais e estarmos na luta contra o sistema.

Espero vocês lá no blog, no Espaço Cultural Carlos Marighella e aqui!

Abraços.

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terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Mais uma dose de São Paulo

Hehe, cheguei hoje pra escrever de novo aqui e o blog do Rebeliarte tá de cara nova!
Um pouco colorido demais, mas tá da hora.
aqui, de novo pra contar mais uma 'aventura' em Sampa city .
Cinco e meia da tarde, final da jornada. Desde às sete e meia no trampo.
Finalmente livre. Uma caminhada até o metrô, ontem tomei chuva e cheguei em casa encharcado. Hoje, um sol de lascar, o tempo na cidade cinza é muito louco, vinte minutos de caminhada fritando debaixo do sol até o metrô.

Metrozão lotado e eu numa mistura de fome e sono enorme. Dormindo em pé, dando umas pescadas, cada vez que abro os olhos vejo várias pessoas olhando pra mim com aquela cara de quem quer perguntar: Você tá bem?
Faço um esforço pra manter os olhos abertos e não ficar passando vergonha dentro do vagão. Passam duas estações, aí o metrô enche de verdade, nem tem mais como pescar o aperto não permite.
Finalmente 'Corinthians Itaquera', desço a escada rolante e já vejo um quiosquezinho, o estômago ronca. Encosto, compro uma esfiha e um suco de abacaxi gelado. Estava no final já quando um moleque chegou perto com uma caixa cheia de amendoim pra vender.
Vai amendoim aí tio?
Não obrigado. (não gosto muito de amendoim)
Então o sr. pode me pagar um pão de queijo?
(Não pensei meia vez) Opa, pede aí mano! Quer um suco também?
Só balançou a cabeça que sim.
Paguei o suco e dez pãezinhos de queijo pro menino, ele agradeceu e falou:
vendendo amendoim por que quero comprar um tênis pra mim!
Assim mesmo, sem drama, sem demagogia, falou a real.
É isso aí mano, infelizmente é essa a realidade, tem que trampar porque o mundão aí fora tá louco. Vário moleques da sua idade, vão pro lado errado aí e você ta ligado como é que terminam.
É verdade, eu vou lá vender tio, ver se consigo alguma coisa, obrigado!
Vai lá mano, boa sorte!
Terminei de comer e fui descendo a outra escada, o moleque estava lá em baixo vendo o amendoim dele, olhou pra mim, se esforçou pra segurar tudo numa mão só e fez um sinal de jóia com a esquerda.
Perguntei: Quanto é o amendoim mano?
Cinquenta centavos.
Espera aí.
Contei o que tinha sobrado no bolso. Dois e cinquenta, dá cinco ?
É
Então me dá cinco!
Obrigado tio, valeu!
É pra te ajudar mano, pra você comprar seu tênis.
Obrigado!
Dois e cinquenta não faz nem diferença. Imagina o tanto de amendoim que ele vai ter que vender pra comprar o tênis dele.
Mas é só uma fé no moleque, se ninguém comprar ele desacredita da batalha e vai partir pro lado 'fácil', aí é que fica embaçado.
Conheço vários parceiros de esquerda que dizem sonhar com um mundo melhor e lutar por ele, mas se recusam a comprar o chocolate, a pipoca, o amendoim do moleque do farol, do estacionamento, do metrô.
Muitos alegam: É, a gente não pode colaborar com esse tipo de coisa, é trabalho infantil, é crime, a gente tem é que fazer alguma coisa pra ele não precisar trabalhar mais!
Claro que isso tem sua parcela de verdade, mas é aí que eu deixo meu recado:
Meu querido em partes você tá certo, mas até acontecer a revolução e as coisas mudarem por aqui, tem tempo o suficiente pra esse moleque virar bandido. Aí quando isso acontecer você vai fazer o que pra mudar o mundo dele?

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quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Escravos de um sistema

Olá a todos esta é primeira vez que eu estou postando e vou postar um poema meu que alguns já conhecem, agora eu espalho ele pelo mundo rsrs espero que gostem.

Escravo de um sistema

Escravo foram meus antepassados
Alguns nem seu nome eu sei
Só sei que meus avos e pais também foram
E agora parece ser minha vez
Mais eu não quero mais isso
Nem comigo e nem com meus amigos
Quero uma nação unida sem preconceito
Contra sujeito ou animal
Quero um mundo de iguais
Quero que este inferno não exista mais.

é isso ai um abraço a todos!!!

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sábado, 2 de janeiro de 2010

Por um novo tempo

O ano novo nunca é novo.
A angústia das palavras caladas, permanece.
As dores na alma,
O estalo do chicote,
A morte insana,
Permanecem.

A vontade de mudar
O sentimento rato.
O esgoto vivo
Tudo permanece.

O ano não muda
não vejo razão para festa
em um recomeço falso.
O tempo é a dimensão eterna
do nada
sem o esforço consciente.

Que não leve uma vida a mudança

Que leve seja a vida, com a mudança.

(Que tenhamos motivos reais para comemorar. Que o novo não seja a contraditória permanência do mesmo. Que a felicidade venha, e seja vermelha. Que seja de todos. E quando vier, se espalhe por todos os cantos do mundo proclamando um novo tempo. E que, ai sim, o céu se ilumine, e seja alimento para almas, ideias e esperanças)

edukaw@hotmail.com
Twitter: @edukaw
http://edukaw.blogspot.com/

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sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

Encontro(le)

Voltando à ativa, não trouxe mensagem de ano novo, trouxe um texto que escrevi no meu blog e que gostei muito.
Não é um texto tão agressivo quanto eu costumo escrever, lembra muito mais o meu novo estilo de revolução filosófica (hehe) do que os textos incisivos que já escrevi por aqui.
Aqui vai:

Encontro(le)

Quem é você afinal?
A que passos você segue? A quantos passos você anda?
Quem é que controla tudo isso a que chamamos VIDA?
Há por acaso um senhor de todas as coisas controlando todos os atos e conseqüências com linhas de marionete super obedientes?

A realidade assustadora de que não há ninguém no controle, o absoluto é apenas uma energia que nos mantém vivos e nada mais.
Não há um intelecto super responsável por tudo o que acontece e acontecerá na vida.
Há uma única realidade que é: É você por você mesmo e tem que assumir o controle.

O que é o teu sagrado e de onde você tira tais valores morais, éticos, estéticos, étnicos, técnicos?
Há uma alma em mim que não condiz com a andança universal pra um único caminho controlado pelo descontrole da própria humanidade. Há na cria um leve traçado de um criador desconhecido que ninguém nem sabe ao certo se do bem ou do mal.
E se desconhecido tal criador é, que razão nos sobra pra crer que esse é quem deve controlar as conseqüências e as antisequências de nossa tão breve existência?

É preciso ter um pulso um pouco mais firme quando se trata de nós mesmos, abandonarmo-nos ao acaso e esperarmos que uma força superior e desconhecida providencie as delícias, as belezas, os sonhos, as conquistas distantes é no mínimo um desperdício tamanho do poder gigantesco que tem a fagulha que nos dá VIDA.

É preciso um tanto quanto mais de amor e também de ódio. É preciso um tanto quanto mais de alegria e um leve toque de tristeza. É preciso antes de mais nada a possibilidade de amar, de odiar, de se sentir alegre e triste. É preciso acima de tudo saber sentir e querer sentir a doçura que tem cada uma das sensações por mais opostas que sejam, é preciso estar aberto à tais êxtases nunca antes experimentados em estado pleno, é preciso acima de tudo amor, amor ao ódio, amor à alegria, amor à tristeza, amor à curta chance de amar.

Tomar o controle pra poder amar, amar pra poder estar no controle.

euber.ferrari@hotmail.com

twitter: @EuberFerrari

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