domingo, 13 de dezembro de 2009

Só Marx salva

Só Marx salva

Miséria, fome, exploração
doenças, mea culpa, enganação
nas veredas dessa vida, não há água?
Não insista, leia, instrua-se,
atenção:

Muitos gritos no trabalho todo dia
refazer o que foi feito e novamente
repetir para aumentar o que já fiz
patrão, é dono e também juiz
o salário é a esmola permanente.

Na vergonha, no desprezo e na doença
o abandono do Estado na velhice
produzir o que lhe mandam,
“não lhes disse?”,
é a sina de quem nasce sem pertença.

Mas a vida do operário não termina
com a desgraça violenta da opressão
se entende que uma guerra se organiza
trabalho forçado, é o que precisa,
todo dono, todo senhor,
todo patrão.

A revolta incendeia a resistência
sem correntes, sem amarras, sem porretes
nova ordem, é a hora da vingança
é vermelho o som da esperança
agradável a social independência.

(Edu - edukaw@hotmail.com)

Tô tomando gosto - dá-lhes poemas revolucionários!!!

4 comentários:

Pedro Póvoas 13 de dezembro de 2009 às 20:28  

Contudo amigo Edu, juntamente com a perspectiva de Max, penso que talvez tenhamos que nos debruçar verdadeiramente no fragmento "Não insista, leia, instrua-se...", pois ao considerarmos o existencialismo de Sartre,J.P. com uma pitada de Reich,W., concluímos que nossa revolução pessoal articulada com revoluções interpessoais estimulem as condições necessárias às verdadeiras e duradouras revoluções sociais.

Pedro Póvoas 13 de dezembro de 2009 às 20:31  

E falando em Max, por gentileza considerem Karl Marx, ok.
Falha nossa.

Eduardo Kawamura 13 de dezembro de 2009 às 21:26  

As demandas sociais são, acima de tudo, coletivas. O prazer e a razão de viver devem ser pensadas em termos de que todos tenham esse prazer, não apenas pequenos grupos. Não desconsidero a psicanálise, muito menos as contribuições de Sartre. Mas tenho certeza de que sem a socialização da produção, os ganhos pessoas se restringem a velha burguesia.
É abrir mão de ninharias e aderir ao socialismo, o vamos consumir o ser humano e o planeta até o fim. Não a caminho do meio.

Eduardo Kawamura 13 de dezembro de 2009 às 21:26  

ou melhor:
não há caminho do meio.

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