quinta-feira, 22 de outubro de 2009

II Mostra Cultural da Cooperifa - Literatura


Nossa, que rolê!!!

Mas valeu a pena, o que eu assisti ontem foi algo histórico que até agora não consegui assimilar com precisão. Então vamos pelo começo.

Ontem rolaram dois debates dentro da programação da Mostra. O primeiro foi sobre Engajamento e Revolta, com Rodrigo Ciríaco, Michel da Silva, Márcio Batista e Elisandra Souza.

Os debatedores falaram sobre as motivações que os levaram a escrever, as dificuldades, as perseguições e os sonhos. A galera vinculou literatura à política, fato importante, pois toda literatura se vincula a uma interpretação da sociedade, que não é neutra. Eu soltei um pergunta para a mesa sobre o dimensão desse engajamento, sobre a utopia, (que não é um sonho, como alguns entenderam, mas um projeto futuro), e sobre a superação do capitalismo, algo em que eu acredito. As respostas variaram, mas o Márcio Batista acertou em cheio. Literatura é militância, é uma forma de disputar a consciência, de chamar o povo à luta, e caminhar para uma transformação social plena. Fora isso, foram poemas, na voz dos próprios poetas. Indescrítivel. Depois do debate ainda bati um papo com a Elisandra, falei do nosso projeto e, claro, dei uma tietada e peguei um autógrafo do Punga.

O segundo debate foi sobre Literatura Marginal através dos tempos. Na mesa estavam Chacal, Sérgio Vaz, Heloisa Buarque e Ferréz.


A ideia da mesa foi tentar contextualizar os dois períodos, os anos 70, em que Chacal produziu sua obra, e os tempos atuais, em que Ferréz e o Cooperifa despontam como fenômenos sociais, políticos e artísticos. Falou-se sobre Rap, editoras, o Cooperifa, e a relação com o mundo acadêmico. No final fui dar uma tietada e tirei foto com o Ferrez e com o Sergio Vaz. Como minha maquina estava sem pilha, ficaram essas do meu celular xing-ling.


Ainda peguei um autógrafo do Colecionador de Pedra, do Vaz. Só não peguei do Ferréz porque minhas edições do Capão Pecado, e do Manual Prático do Ódio estão circulando pelo mundo.


Eu vivencio Literatura já há alguns anos e posso dizer com tranquilidade que esse foi um marco na história da Literatura Brasileira. Que essa imprensa burra que domina a comunicação fale as mesmas merdas de sempre, ou nem fale, a imbecilidade deles torna aquilo que é realmente significativo invisível, a essa mídia já está reservado uma lugar exclusivo na lata do lixo da história. Sou mais você, Ferréz. A gente não tem rolex, mas a gente faz a história.

E aproveite, ou aproveitemos o teor revolucionário desse movimento; nosso esforço deve ser no sentido de impedir que se torne mercadoria. E a única forma é manter viva a dimensão comunitária. Força, Sérgio Vaz, que o Cooperifa esteja em todas as quebradas, iluminando sonhos, que eles são alimentos para a transformação da sociedade.

Em relação a academia, eu tô por lá, da quebrada da Leste para a USP, levando tudo o que acontence no movimento literário marginal e periférico, goste a playboyzada ou não.

É nóis!!!

(edu - edukaw@hotmail.com)

0 comentários:

  ©Template by Dicas Blogger