sábado, 31 de outubro de 2009

Halloween

Dia 31 de agosto, fui na casa do Edu discutir umas idéias que estavam me fritando a mente.

Falamos bastante, assistimos o documentário do Ferréz, que por sinal é do caralho. Tragetória fodida de um cara que nasceu na favela que nem a gente, viveu os mesmos dilemas da favela que a gente e hoje é escritor reconhecido no mundo inteiro e até a burguesia fedorenta teve que admitir que o cara é foda!
Depois que assistimos ao documentário fomos tomar um café, entre uns pedaços do bolo "experimental" da Jô e umas e outras palavras sobre literatura e arte fomos interrompidos pelo toque da campainha... O Edu atendeu e um grupo de criancinhas soltou: "Doçura ou travessura?"
E ele respondeu rapidão: Tem não véi!
Uns quinze minutos depois a mesma cena e se repetiu mais umas duas vezes.
Nas fantasias não tinha nenhum curupira, saci pererê... era o "pânico".
Aí o tema das conversas já passou a ser a brincadeirinha nada brasileira da molecada.
Puta colonização ianque, e o pior tudo molecada pobre, se fosse filho de rico ainda entendia, mas eram filhos de pobre, pobre metido a rico, mas pobre.
É de foder.
Sem contar o teor da frase: "Doçura ou travessura". Como que as crianças dos EUA são educadas mano? "Doçura ou travessura", é bem o estilo de negociação norte americano mesmo: "Ou você me dá o que eu quero ou então cê ta fodido, vou zuar sua casa." E agora depois de tantos anos tentando já estão conseguindo enfiar essa brincadeira na mente das nossas crianças.
O povo brasileiro que sempre teve seu estilo humildão de ser agora ta entrando nessas, de doçura ou travessura, de chantagem desigual.
Mas tudo isso tem um outro lado, se é pra brincar de doçura ou travessura a gente tinha que ir brincar lá no quintal dos magnatas e falar: "Aê é doçura ou travessura, cê que escolhe".
É o que a gente quer ou então o chicote vai estralar!
Aí sim a brincadeira ia ficar interessante.

(Euber Ferrari)


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quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Caminhando e Cantando

Já faz um tempinho eu gravei com a Jô uma música do Geraldo Vandré que ficou marcada como hino da resistência ao regime militar. Pra não dizer que não falei das flores não é apenas uma grande composição de MPB. É um grito de guerra, um chamado à luta, à organização. Sempre que escuto lembro de todos os atos públicos dos quais participei. Greves, manifestações, ou qualquer sentimento de indignação não reprimido.

Que Vandré nos inspire, e que neste domingo estejamos todos juntos, isso nos fortalece, nos encoraja, nos torna mais humanos.

(Para ouvir, clique aqui. Vai abrir em outra página, daí você pode ouvir pelo site ou baixar a mp3. Eu gravei todos os instrumentos de cordas, a Jô cantou. O arranjo a gente fez juntos).

(edu - edukaw@hotmail.com)

Pra Não Dizer Que Não Falei Das Flores

Geraldo Vandré

Composição: Geraldo Vandré

Caminhando e cantando
E seguindo a canção
Somos todos iguais
Braços dados ou não
Nas escolas, nas ruas
Campos, construções
Caminhando e cantando
E seguindo a canção...

Vem, vamos embora
Que esperar não é saber
Quem sabe faz a hora
Não espera acontecer...(2x)

Pelos campos há fome
Em grandes plantações
Pelas ruas marchando
Indecisos cordões
Ainda fazem da flor
Seu mais forte refrão
E acreditam nas flores
Vencendo o canhão...

Vem, vamos embora
Que esperar não é saber
Quem sabe faz a hora
Não espera acontecer...(2x)

Há soldados armados
Amados ou não
Quase todos perdidos
De armas na mão
Nos quartéis lhes ensinam
Uma antiga lição:
De morrer pela pátria
E viver sem razão...

Vem, vamos embora
Que esperar não é saber
Quem sabe faz a hora
Não espera acontecer...(2x)

Nas escolas, nas ruas
Campos, construções
Somos todos soldados
Armados ou não
Caminhando e cantando
E seguindo a canção
Somos todos iguais
Braços dados ou não...

Os amores na mente
As flores no chão
A certeza na frente
A história na mão
Caminhando e cantando
E seguindo a canção
Aprendendo e ensinando
Uma nova lição...

Vem, vamos embora
Que esperar não é saber
Quem sabe faz a hora
Não espera acontecer...(4x)

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quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Dividir a Arte é preciso...

Daqui a 1 bilhão de anos, talvez até antes disso, os seres que aqui habitar, vão descobrir o que causou a extinção de seres de uma inteligência tão avançada, vão descobrir que eles poderiam ter sobrevivido por décadas e décadas se não fosse o desejo interior que sempre lhes perseguia que era de querer sempre ser melhor que o próximo e por este motivo, na maioria das vezes era muito dificil para eles, dividir alguma coisa com alguém e isso eu falo de modo geral, pois, inclui amor, compaixão, saber, arte e até o pão. Essa descoberta foi de grande importancia para esses habitantes e prometeram que jamais cometeriam o mesmo erro. Essa história é de simples ficção, mais pode se tornar real se não tomarmos uma postura de vida diferente da que vivemos completamente egoísta e individualista, o que temos, queremos guardar, com medo de alguém roubar.



O que temos
queremos guardar
com medo
de alguém roubar.





****


Dividir o pão,
dividir a arte,
dividir o saber,
dividir a literatura.
Tudo isso pode bolorar
dividir, enquanto está fresquinho!!


(Jô)
jokw@estadao.com.br

" O mistério é a coisa mais formosa que nos é dado experimentar.
É a sensação fundamental, o berço da verdadeira arte e da verdadeira ciência.
Quem não o conhece, quem não pode assombrar-se ou maravilhar-se está morto.
Seus olhos foram fechados."

(EINSTEIN,Albert. minha visão do mundo.)






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terça-feira, 27 de outubro de 2009

Primeiros escritos no blogger

Eaê Rebeliarte!

Esta é a primeira vez que escrevo no Blogger, aproveito o momento para expor um pouco o que penso e sinto em relação aos nossos encontros:
Os Encontros de Arte e Literatura foram para mim um impulso ao desejo de expressão, algo incontrolável no ser humano, nunca se esgota, apenas se inibe às vezes. Unir todos estes anseios, manifestados em várias linguagens artísticas, num Espaço que compreende que o avanço na consciência política dos sujeitos é necessário para alcançarmos um mundo mais coletivo e justo, já aponta, por parte do grupo, algo muito além de passar tardes entrelaçado em poesia e arte.

Isso é muito bom!

Bom, agora quero aproveitar mais ainda este momento para publicar a Carta Manifesto que , em virtude dos 40 anos depois, MARIGHELLA VIVE!, a Coordenação do Espaço Cultural Carlos Marighella escreveu.
Acabou de sair do forno, espero que gostem e participem do nosso evento no próximo domingo às 15 horas. Haverá muitas atividades: Bingo de livros, Bate papo sobre o Marighella, Música, Comes e Bebes a preços populares e muito mais.

CARTA MANIFESTO

Para quem é de interesse, Carlos Marighella (1911 – 1969) foi um lutador social revolucionário, atuou na militância política contra os governos ditatoriais de Getúlio Vargas (1930 – 1945) e dos militares a partir de 1964. Neste ano houve um golpe contra o governo de João Goulart, que tinha comprometimento com partidos políticos, sindicatos e diversos segmentos dos movimentos sociais e a pretensão de pôr em prática mudanças estruturais que melhorariam, significativamente, a vida do povo brasileiro.
Neste contexto se deu a luta de Marighella que, com erros e acertos, deixou um legado positivo para os lutadores sociais. Seus escritos foram traduzidos para muitas línguas e orientaram revolucionários por vários cantos do mundo. Como todo homem que age, teve concepções que não se confirmaram, pregou a luta armada, praticou-a e perdeu sua vida em nome do socialismo, na data de 4/11/1969.
40 anos depois, aqui estamos, homenageando a memória deste símbolo da resistência socialista e convictos da importância de lembrarmos a história de nossos heróis. Neste sentido, fazemos deste momento de “mística” revolucionária oportuno para que esta mensagem conquiste corações e mentes para a luta socialista.
Certos de nossa responsabilidade e compromisso, nós do Espaço Cultural Carlos Marighella, viemos a público para reafirmar nossas convicções e convidar novos atores sociais para que, por meio da contribuição político-cultural, construam coletivamente alternativas culturais, a luta do povo e o socialismo.



PRIMAVERA de 2009.

Contato:


R Carvalho de Araújo, 5 - Guaianases
CEP: 08461-010 - Tel: 2553-1466
São Paulo - SP
cultural_carlosmarighella@yahoo.com.br


Abraço a todos!!! Saudações Culturais!!!

Talvez eu volte mais tarde com novidades!!!!

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segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Dedicado a Carlos Marighella...

Eis o poema dedicado ao nosso grande lutador, um dos maiores nomes na luta contra ditadura, e um símbolo de luta na nossa luta de hoje. Em homenagem aos 40 anos de sua morte que se comemora no proximo dia 4/11, eis o poema lido na tarde do dia 24/10/2009

Luta
(a Carlos Marighella)

No campo travo luta real
Com armas, socos, pedra e caneta.
Luto diferentemente pelo sonho do igual,
Sonho onde não haja sangue e sarjeta.

Sonho com um verso - Rápido Cometa.
E mesmo que venham eles como vendaval
Munidos de fardas e escopeta,
Estarei pronto ao tiro. Meu poema leal

Não foge ao combate, valoroso guerrilheiro
Com palavras, munição infinita na luta,
E mesmo que infinita também a disputa

Meu sangue e verso se entregará inteiro.
Lutarei para provar da minha própria fruta,
Para um dia berrar alto e forte meu verso Brasileiro.

(Samuel Macário)

Abraços a todos.

(Samuel Macário - sam.macario@gmail.com)

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domingo, 25 de outubro de 2009

Ditadura Militar - notas sobre a atividade de ontem



Ontem tivemos uma tarde extremamente rica. O intuito era apenas um debate visando retomar fatos vivenciados durante os anos em que os assassinos e torturadores roubaram o poder do povo. Esse tempo iniciou-se em 1964. Até então o Brasil vivenciava uma era de consolidação da democracia e da participação popular, e o presidente de então, João Goulart, encaminhava propostas no sentido de dividir a terra (reforma agrária), educar e alfabetizar o povo e rever pontos fundamentais na economia e na sociedade brasileira. Isso significava mais poder para o povo, possíbilidade de redução da pobreza, e um direcionamento político à esquerda. Isso assustou os velhos ratos do capitalismo. Orquestrado e orientado pelo governo estadunidense, o golpe militar derrubou João Goulart e instalou um regime que retirou os direitos políticos da
população e sangrou o Brasil, deixando até os dias de hoje feridas abertas em nossa sociedade.

A atividade iniciou com a leitura do poema "Dentro da Noite Veloz", de Ferreira Gullar. Este
poema trata, entre outras coisas, da morte de Che Guevara e da interferência dos lacaios ianques na política latino-americana.

Mas o que emocionou a tarde foram os depoimentos marcantes de Mário Barba. Esse comunista histórico nos relatou parte de sua vida, a repressão do governo e a tortura. Seu pecado? Lutar por liberdade e justiça.

Choques elétricos e espancamentos, essas eram as formas que o governo militar utilizava para dialogar com trabalhadores, estudantes e artistas. Tempo este em que surgem formas de enganar o povo (a Rede Globo foi um presente da ditadura para enganar o povo), e outros se fortalecem (como os nossos jornalecos, Folha de São Paulo e Estadão).

O ano de 1985 marca o fim do regime militar, mas não nos dá uma democracia que vá além do voto. Ainda vivenciamos tortura, miséria e o silenciamento dos mais pobres.


Mário Barba continua lutando e nos traz a memória dos camaradas que tombaram. Cabe a nós mantermos essa história viva.


E nós manteremos.

(Edu)

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sábado, 24 de outubro de 2009

Nada Comercial

Dia dez rola uma conversa sobre mercantilização da cultura e depois de tanta pensar em "sobre o que postar" resolvi arriscar clarear um pouco o tema só pra tentar fundamentar a discussão já que provavelmente não poderei estar presente.

Uma das minhas vertentes de fortes de debate é a indústria cultural, que é tema fundamental pra discussão do mercantilismo cultural.
A indústria cultural não é coisa do nosso tempo. Há séculos as instituições de poder já têm o costume de patrocinar certas "manifestações culturais" afim de inibir outras que não lhes interesse ou que lhes ofereça perigo. Assim foi com o simbolismo afim de inibir a ascensão do realismo e assim é com o funk carioca por exemplo afim de dissolver tantas outras manifestações musicais questionadoras, principalmente as de periferia.
Após essa introdução vamos a discussão de tal indústria
Neste campo há uma grande posição a ser destacada. Não chega a constituir-se em uma corrente propriamente dita, embora esteja constantemente fornecendo elementos para a análise da industria cultural.
esta posição é a que deriva de uma das lições fundamentais de Karl Marx: todo produto traz em si os vestígios, as marcas do sistema produtor que o fabricou. Estes traços estão no produto, mas geralmente permanecem "invisíveis". Tornam-se visíveis quando o produto é submetido a uma certa análise, a que parte do conceito segundo o qual a natureza de um produto somente é compreensível quando relacionada com as regras sociais que deram origem a esse produto.
A partir desse ponto de vista, e considerando primeiro, que a indústria cultural tem seu berço propriamente dito apenas a partir do século XIX, de capitalismo dito liberal, e, segundo, quea indústria cultural atinge seu grande momento com o capitalismo de organização ou monopolista (gerador da sociedade de consumo), ficaria claro que a indústria cultural e todos os seus veículos, independentemente do conteúdo das mensagens divulgadas , trazem em si, gravados a fogo, todos os traços dessa ideologia, da ideologia do capitalismo. E, neste caso, também trariam em si tudo aquilo que caracteriza esse sistema, particularmente os traços da reificação e da alienação.
Isto significa que, se levarmos esta análise às ultimas consequências, façam o que fizerem, os veículos dessa indústria cultural só podem produzir alienação. Mesmo que o conteúdo de suas mensagens possa ser considerado como libertário. É que a força da estrutura natural, das condições originais da criação da indústri cultural é mais forte que a força das mensagens que seus veículos possam transmitir, e que se vêem anuladas ou extremamente diminuídas pelo poder da estrutura. Se preferir: A natureza da industria cultural, considerando o sistema que a gerou, aparece como dominante ou como resultante de um sistema de forças.
Nesse sistema podem estar presentes forças contrárias à caracterizadora da natureza do veículo da indústria cultural, mas estas acabam ficando em segundo lugar.O enfoque desta análise é simples e ao mesmo tempo rígido: se o sistema onde surge um determinado produto aparece baseado na alienação, esse produto só pode apresentar essa mesma característica. E não seria pensável a hipótese de uma outra utilização desses veículos no caso de uma mudança de sistema social. Passando-se por exemplo de uma sociedade capitalista para outra socialista, os meios de comunicação anteriormente existentes não poderiam ser postos a serviço da nova ideologia, uma vez que estariam impregnados da ideologia que os gerou e a insistência no uso desses meios poderia (ou com certeza faria) até mesmo colaborar para um movimento de retrocesso na direção do sistema que se desejou superar.
Apesar de radical, esta análise não está pautada exatamente em bases equivocadas, encaixada como está no quadro maior relativo à produção da ideologia, à sua infiltração profunda em todos os setores da vida por ela coberta e aos modos pelos quais pode ser combatida. O problema é que, nesse caso, o único modo de eliminar uma certa ideologia e seus efeitos, seria a destruição de tudo aquilo que estivesse afetado por ela, solução bem pouco prática e, mais ainda, pouco viável. Parece imperioso admitir a hipótese de um gradualismo nessa passagem de uma para outra ideologia. Caso contrário, se chegaria a conclusão de que, por exemplo, o meio por ecxelência de comunicação de massa, a 'TV', não poderia de jeito nenhum ser utilizada revolucionáriamente (quando digo TV, não me refiro ao objeto televisor, mas sim ao produto cultural TV já que não importa que se muda a mensagem de tal produto, se este continuar sendo feito pelas mesmas máquinas nada mudará). Fica claro q nenhuma sociedade existente , e que queira dar início a um processo de grandes e profundas alterações sociais, pode se dar o luxo de dispensar um meio como a TV e os produtos culturais por ela gerados. De todo modo, não podemos esquecer que , de fato, todo produto traz em si os germes do sistema que o gerou; dimiunuir pode gerar graves danos para uma sociedade em processo de transformação.
Eu queria aqui demonstrar que grande parte (senão todos) de conceitos e práticas ideológicas de uma sociedade e compactada e embutida em todos os produtos dessa sociedade. Uma ideologia cujos traços são, entre outros o paternalismo, a necessidade de tornar passivos todos os sujeitos, a transformação em coisa (reificação) de tudo o que possa existir (inclusive o homem) - Traços esses presentes no capitalismo de organização- estaria assim presente num produto como a TV, como de fato está. Efetivamente todos aqueles traços são, simultâneamente, traços caracterizadores desse ramo da indústria cultural que é a TV. Esquecer isso, e tentar manipular a TV como se bastasse alterar seu conteúdo, pode dar origem a entidades isoladas, impermeáveis ou híbridas, como por exemplo um "socialismo" baseado no autoritarismo, no paternalismo, na passividade dos que se poem de baixo de suas asas, isto é, um socialismo baseado na alienação. O que já é uma realidade.
Disso vem o príncipio de mercantilização da cultura. O que é e o que não é comercial? Sendo interesse inibir questionamentos apenas cultura massificadora é comercial. De resto tudo o que for questionador é mais caro de produzir e só serve a partir do momento que pode ser transformado em moeda de troca.
É isso aí, fica aí essa breve contribuição.
Um salve pro pessoal do espaço.
E quero deixar registrado que o encontro de hoje foi responsa, contamos com a presença de Mário Barba falando de suas amargas experiências no período da ditadura militar.
Responsa mesmo, que foi sabe do que eu estou falando.
Abraços vou nessa!

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sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Jefferson Santana!!! Sente o drama desse poeta da zona sul!

NO RESTAURANTE

Um americano
Na mesa se enfartando.
Um italiano
Comia conversando.
Um português
Nada entendia,
Enquanto um francês
Um vinho bebia
Para o inglês que sorria
Do russo fumando charuto
Com a vodka que engolia.
Um alemão sem assunto
Se enchia de cerveja.
Um brasileiro com sua bandeja
Apenas servindo,
Fingia estar sorrindo.

(Jefferson Santana)

Esse é um cara que conheci no curso de Letras, hj amigo meu e já se tornou um dos meus poetas favoritos. Peço desculpas a ele, pois, não pedi permissão para postar esse poema, mas eu preciso falar desse cara, que além de grande amigo é também grandioso na literatura.
O cara cresceu na periferia como a gente, precisamente na zona sul, Jd Angêla, acho que o bairro é esse né, se não for peço pra que o próprio corrija. rsrs... Eu to na sede pra levar esse muleke pro Marighella, infelizmente pra ele tá corrido, mto trampo, mas tenho certeza que ele já é parte de nós, e qualquer dia aí vai nos prestigiar com seus gradiosos textos. De resto estou indicando o cara que além de meu amigo é fera na literatura e grande principalmente na nossa literatura marginal e engajada. Um abraço a ele e a todos ai.

Lembrando que amanhã dia 24/10 a partir das 15:00 temos nosso encontro, nossa luta continua amanhã, é assim mesmo, vamos construir nosso mundo com arte e ousadia. Um abraço.
(Samuel Macário)

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quinta-feira, 22 de outubro de 2009

II Mostra Cultural da Cooperifa - Literatura


Nossa, que rolê!!!

Mas valeu a pena, o que eu assisti ontem foi algo histórico que até agora não consegui assimilar com precisão. Então vamos pelo começo.

Ontem rolaram dois debates dentro da programação da Mostra. O primeiro foi sobre Engajamento e Revolta, com Rodrigo Ciríaco, Michel da Silva, Márcio Batista e Elisandra Souza.

Os debatedores falaram sobre as motivações que os levaram a escrever, as dificuldades, as perseguições e os sonhos. A galera vinculou literatura à política, fato importante, pois toda literatura se vincula a uma interpretação da sociedade, que não é neutra. Eu soltei um pergunta para a mesa sobre o dimensão desse engajamento, sobre a utopia, (que não é um sonho, como alguns entenderam, mas um projeto futuro), e sobre a superação do capitalismo, algo em que eu acredito. As respostas variaram, mas o Márcio Batista acertou em cheio. Literatura é militância, é uma forma de disputar a consciência, de chamar o povo à luta, e caminhar para uma transformação social plena. Fora isso, foram poemas, na voz dos próprios poetas. Indescrítivel. Depois do debate ainda bati um papo com a Elisandra, falei do nosso projeto e, claro, dei uma tietada e peguei um autógrafo do Punga.

O segundo debate foi sobre Literatura Marginal através dos tempos. Na mesa estavam Chacal, Sérgio Vaz, Heloisa Buarque e Ferréz.


A ideia da mesa foi tentar contextualizar os dois períodos, os anos 70, em que Chacal produziu sua obra, e os tempos atuais, em que Ferréz e o Cooperifa despontam como fenômenos sociais, políticos e artísticos. Falou-se sobre Rap, editoras, o Cooperifa, e a relação com o mundo acadêmico. No final fui dar uma tietada e tirei foto com o Ferrez e com o Sergio Vaz. Como minha maquina estava sem pilha, ficaram essas do meu celular xing-ling.


Ainda peguei um autógrafo do Colecionador de Pedra, do Vaz. Só não peguei do Ferréz porque minhas edições do Capão Pecado, e do Manual Prático do Ódio estão circulando pelo mundo.


Eu vivencio Literatura já há alguns anos e posso dizer com tranquilidade que esse foi um marco na história da Literatura Brasileira. Que essa imprensa burra que domina a comunicação fale as mesmas merdas de sempre, ou nem fale, a imbecilidade deles torna aquilo que é realmente significativo invisível, a essa mídia já está reservado uma lugar exclusivo na lata do lixo da história. Sou mais você, Ferréz. A gente não tem rolex, mas a gente faz a história.

E aproveite, ou aproveitemos o teor revolucionário desse movimento; nosso esforço deve ser no sentido de impedir que se torne mercadoria. E a única forma é manter viva a dimensão comunitária. Força, Sérgio Vaz, que o Cooperifa esteja em todas as quebradas, iluminando sonhos, que eles são alimentos para a transformação da sociedade.

Em relação a academia, eu tô por lá, da quebrada da Leste para a USP, levando tudo o que acontence no movimento literário marginal e periférico, goste a playboyzada ou não.

É nóis!!!

(edu - edukaw@hotmail.com)

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quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Semana Maloqueira - Dominando Guaianases

Vem coisa boa por ai.


Ontem eu colei na reunião sobre a Semana Maloqueira que os movimentos de cultura aqui de Guaianases estão organizando. No geral, deu pra tirar um esquemão das atividades que vão ocorrer entre 07 e 15 de novembro. Muita coisa, com artes visuais, literatura, Rap, Grafite... e por ai vai. A idéia é que estejam presentes pessoas linha de frente da cultura periférica de São Paulo, com o Ferrez, Sergio Vaz, Buzzo, Sacolinha...

Inclusive, vários temas são pertinentes a nós, acredito que temos um debate já acumulado em algumas direções, por isso, vale a pena se envolver.

A programação, sujeita a alterações, claro, ficou assim:

07/11 - 13:00 - Mostra VAI - mostra das atividades patrocinadas pelo projeto VAI, acho que regional.

08/11 - Rap, literatura, poesia e revolução.
13:00 - Casa de Cultura - PORRA - Apresentação com grupos de Rap, com microfone aberto para quem quiser mandar seus versos envenenados.
19:00 - Roda de conversa sobre Poesia como Utopia - presença de Akins sendo confirmada (nesse eu já tô envolvido).

09/11 - Artes visuais - cinema
19:00 - Vídeo: Profissão Mc Buzzo - Casa de Cultura de Guaianases.

10/11 - Cultura alternativa
15:00 - Oficina de fanzine - a definir.
19:00 - Roda de conversa - Mercantilização da cultura. Talvez, no Espaço Cultural Carlos Marighella.

11/11 - Mostra de teatro - ainda indefinida (e ai, Euber, vai ou não vai??? é a bola da vez).

12/11 - Diversidade Cultural - ainda indefinda

13/11 - 13:00 Ceu Lajeado - Projeto Jorvens Urbanos

14/11 - Seminario - finalizando as definições

15/11 - Sarau - Praça do mercadão

É isso ai, falem ai o que vocês acham. Sábado a gente troca mais um idéia.
Hoje eu vou chegar na II mostra do Cooperifa, é sobre literatura. Amanhã eu posto as impressões.
Fui

(Edu - edukaw@hotmail.com)

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segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Guerreiros Somos!!!!

Uma luta que travamos, uma luta em que palavras são lâminas ou tiros, entenda vc como quiser.
Contra quem? A favor de quem?
Lutamos contra a tirânia, a opressão, o que nos desmotiva, contra a desigualdade, contra a manipulação do nosso sustento, de nossos familiares, de nossa arte, de nossas vidas. Lutamos contra essa sub-vida que levamos dependendo do patrão para por feijão no nosso prato, essa sub-arte vendida como corpo q se expõe nas ruas, é contra isso q lutamos.
Lutamos em favor da causa de quem luta por uma vida digna, por quem trampa o dia todo para pôr alimento na mesa para o filho, lutamos pelo palhaço que quando tira a maquiagem e o nariz vermelho e descalça as risadas se veste de lágrimas, lutamos pelo grito que está preso na arte, como uma pássaro no alçapão, mas logo escapará liberto. Lutamos por vcs filhos e filhas do Brasil que ainda sonham e continuarão sonhando e buscando. Luamos por vcs que ousam sonhar e ousam fazer arte e ousam acreditar e ousam fazer diferença para que o mundo seja mais igual.

Vejam esse poema de Carlos Drummondo de Andrade.

http://letras.terra.com.br/carlos-drummond-de-andrade/818514/



Hoje meu post vai ser apenas esse texto. Lembrando q dia 24/10/2009 a partir das 15:00 temos nosso encontro com mta arte e revolução. Espero vcs lá minha gente. Fmz abraços e até lá. (Samuel Macário)

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domingo, 18 de outubro de 2009

Sacolinha - 85 letras e um disparo - Inspire-se





Sacolinha é um escritor aqui da Leste. Tive o prazer de conhecê-lo em uma atividade no Ceu Lajeado, lá pelo começo do ano. Simpatia e talento, grande artista, além de atuante no cenário cultural da periferia. O cara em pessoa é foda. E a sua obra... também.

85 letras e um disparo é composto por 16 contos ambientados na periferia de São Paulo. Alguns, como é de se esperar, bastante violentos, como o "Traição na joalheria do shopping", em que um assalto se dá juntamente ao envolvimento afetivo com a dona da joalheria, onde se problematiza a ausência de horizontes na existência burguesa, tanto a vivenciada pelo assaltante, quanto a da dona da joalheria. Porém não é esta a tônica do livro. Há também sensualidade, crítica social e muito, mas muito senso de humor.

Dentre todos o que mais me agradou foi "Yakissoba". O texto é tenso, dramático e extremamente bem humorado. Trata das desventuras do autor ao tentar vender seus livros em uma noite na Paulista, em que 10 reais, contas a pagar, fome, e uma coleção infinita de negativas se entrecruzam com a vontade/desejo de comer o tal "marcarrão japonês". O melhor da narrativa fica na dimensão crítica, no olhar em relação ao universitário alienado, na dinâmica centro/periferia, o olhar preconceituoso, a polícia, transporte público, em como tudo parece ser feito para não dar certo para quem é mais pobre neste país. Aliado a isso, há uma base que pode servir para se pensar a condição do escritor independente no Brasil.

Livro de leitura rápida, simples e muito agradável. Recomendo a todos que queiram uns bons momentos de diversão e reflexão.

A periferia fala, e fala cada vez mais alto. Salve, Sacolinha.

(Edu - edukaw@hotmail.com)

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Mais um Poema

Dessa vez vou postar um poema meu, que acho que fala por si só!


O que cabe?

Só cabe no poema tristeza
sorriso
com pouca beleza
por o que não precisava ter

cabe
no poema o que não se vê
e não se tem
por não pensar nem lutar pelo que se veria

cabe no poema
ele eles elas ela
menos eu tu nós
tá sem espaço no poema
pra nossa voz

mas como no ventre da mãe
apertados sobrevivemos
e depois da espera
por alimentação direta
saímos e vimos à luz
o poema será o grito da liberdade
e do espaço
pois passaremos a caber nele!


Euber Ferrari

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sexta-feira, 16 de outubro de 2009

O melhor da literatura marginal!!!

Segundo fontes: http://www.brasildefato.com.br/v01/agencia/cultura/mostra-apresenta--a-cultura-da-periferia-de-sao-paulo

O evento vai ser bom galera então compareçam quem puder. Um salve pra grande Guaianases e pra toda gente de ousadia do espaço cultural Carlos Marighella. Fiquem também com um vídeo de Sergio Vaz.

http://www.youtube.com/watch?v=LKwwwok2clw

Um grande abraço a todos os artistas de ousadia.

Mostra apresenta a cultura da periferia de São Paulo


por cristiano última modificação 16/10/2009 15:15
O evento terá debates e atividades sobre literatura, dança, cinema, teatro, artes plásticas, música e ativismo cultural, com a presença de escritores, artistas e militantes de organizações sociais

16/10/2009
Da Redação

Em comemoração aos oito anos do Sarau da Cooperativa Cultural da Periferia (Cooperifa), será realizado em São Paulo, entre os dias 19 e 25 de outubro, a 2ª Mostra Cultural Cooperifa.

Com uma programação descentralizada, o evento terá debates e atividades sobre literatura, dança, cinema, teatro, artes plásticas, música e ativismo cultural, com a presença de escritores, artistas e militantes de organizações sociais.

A Mostra, com curadoria de Sérgio Vaz, é uma realização da Cooperifa, com apoio da Ação Educativa, Embajada de España en Brasil e Centro Cultural da Espanha SP. Todas as atividades são gratuitas. Mais informações na Cooperifa, pelos telefones (11)9342-8687 / 8358-5965 / 9391-3503, pelo correio eletrônico cooperifa@gmail.com ou na página www.colecionadordepedras1.blogspot.com.

O Sarau da Cooperifa é um movimento de incentivo à leitura e à criação poética, que reúne, todas as quartas-feiras, uma média de 200 pessoas no Bar do Zé Batidão, na Chácara Santana, zona sul da Capital paulista. Entre as atividades realizadas pela Cooperifa estão o "Poesia no ar" quando os poemas são soltos em balões, e a "Chuva de livros" quando a comunidade é presenteada com exemplares de vários livros.

Local: Casa Popular de Cultura do M’ Boi Mirim (Rua Inácio Dias da Silva, s/n - Piraporinha)
(Agência Brasil de Fato)


Confira, abaixo, a programação:

Dia 19/10 (segunda-feira)

Abertura 16h Debate

O que a reforma da Lei Rouanet tem a ver com os movimentos culturais das periferias? Expositor: Juca Ferreira – Ministro da Cultura (a confirmar)

Professor Carlos Giannazi – Deputado Estadual/SP

Ana Tomé – diretora do Centro Cultural da Espanha em São Paulo

Coordenação: Eleilson Leite – coordenador do Programa de Cultura da ONG Ação Educativa
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19h Cerimônia de Abertura Poetas da Cooperifa
.
20h Show

Izzy Gordon

A cantora de MPB, soul e do bom e velho funk desfila seu vozeirão num show especial para a Cooperifa

Local: CEU Campo Limpo (Avenida Carlos Lacerda, 678 – Campo Limpo)

Dia 20/10 (terça-feira) Dança
15h Apresentação teatral -Kraft – Companhia Bambalina

Companhia espanhola com prestígio internacional por valorizar o uso dos fantoches e mesclar a linguagem teatral com outras dramaturgias.

O espetáculo “Kraft” é voltado para o público infantil e recorre aos elementos lúdicos para abordar o amor pelas pessoas e coisas.

Local: CEU Casa Blanca (Rua Damasceno, 85 – Vila das Belezas)

17h DebateUm olhar para a cena periférica no Brasil

Nelson Maca (BA) – professor de literatura da UCSAL e ativista do coletivo Blackitude

Guti Fraga (RJ) – jornalista, ator, diretor artístico e fundador da ONG Nós do Morro

Alessandro Buzo (SP) – escritor e ativista cultural, organizador do Favela Toma Conta

Adriana Barbosa (SP) – empreendedora social e idealizadora da Feira Preta

Coordenação: Érica Peçanha – antropóloga e pesquisadora da produção cultural periférica

20h Apresentações artísticas

Balé Capão CidadãoApresentação dos alunos das oficinas de balé da ONG Capão Cidadão.

Solano em rascunhos – Cia Sansacroma

O grupo pesquisa e desenvolve trabalhos nas áreas de dança, teatro e cultura afrobrasileira.

Local: CEU Campo Limpo (Avenida Carlos Lacerda, 678 – Campo Limpo)

Dia 21/10 (quarta-feira) Literatura

15h Debate Engajamento e revolta na ponta da caneta

Rodrigo Ciríaco – professor e escritor

Michel da Silva – arte-educador e escritor, fundador do Sarau Elo da Corrente

Márcio Batista – professor e poeta da Cooperifa

Elizandra Souza – escritora e redatora da Agenda Cultural da Periferia

Coordenação: Ecio Salles (RJ) – colaborador de coletivos atuantes em favelas e periferias, pesquisador e autor do livro “Poesia revoltada”

17h Debate Literatura marginal através dos tempos

Chacal (RJ) – protagonista da literatura marginal dos anos 1970, poeta e produtor cultural

Sérgio Vaz – poeta, ativista cultural e idealizador da Cooperifa

Ferréz – escritor e ativista, editor das revistas Caros Amigos/Literatura marginal e do Selo Povo

Coordenação: Heloisa Buarque de Hollanda – coordenadora do PACC/UFRJ, ensaísta e pesquisadora da cultura brasileira

Local: CEU Casa BlancaRua Damasceno, 85 – Vila das Belezas

21h Sarau da Cooperifa

Edição especial do sarau da Cooperifa que completa 8 anos de atividades poéticas na periferia de SP.

Local: Bar do Zé Batidão (Rua Bartolomeu dos Santos, 797 – Chácara Santana)

Dia 22/10 (quinta-feira) Cinema

14h Mostra Cinema na LajeExibição de curtas e longas nacionais

Povo lindo, povo inteligente (50 min), de Sérgio Gagliard e Maurício Falcão. Documentário sobre o sarau da Cooperifa a partir do cotidiano e dos relatos de sete poetas assíduos.

Amanhã, talvez (7 min), de Rogério Pixote. Manoel e seu dia a dia. Bebida, TV, bebida, talvez amanhã. Baseado em um conto de Sérgio Vaz.

Literatura e resistência (54 min), 1daSul Filmes e Literatura Marginal Editora. Documentário sobre a trajetória literária e de militância cultural do escritor Ferréz.

Graffiti (10 min), de Lílian Santiago. A história por trás de um graffiti. Um rolê com um jovem pela cidade de São Paulo, logo após a série de ataques do crime organizado.

Profissão MC (52 min), de Alessandro Buzo e Toni Nogueira. O filme aborda os dilemas enfrentados por um rapper da periferia em um momento delicado de sua vida.

Pode me chamar de Nadí (18 min), Déo Cardoso (CE). Dos deboches dos colegas ao contato com uma bela modelo negra, os conflitos enfrentados pela menina Nadí por conta dos seus cabelos crespos.

18h Debate A periferia se vê no cinema de periferia?

Ricardo Elias – cineasta e diretor dos filmes De passagem e Os 12 trabalhos

Rogério Pixote – cineasta e articulador do coletivo Cine Becos e Vielas

Toni Nogueira – produtor executivo da DGT Filmes e cinegrafista

Coordenação: Luiz Barata – coordenador do núcleo de audiovisual da ONG Ação Educativa

20h Exibição de filme

Os 12 Trabalhos (90 min), de Ricardo EliasNuma leitura contemporânea do mito de Hércules, um ex-interno da Febem tem que cumprir doze tarefas para conseguir o emprego de motoboy na cidade de São Paulo.

Local: CEU Casa Blanca

Rua Damasceno, 85 – Vila das Belezas

Dia 23/10 (sexta-feira) Teatro

16h Debate

É possível viver sem escrever?

Xico Sá – escritor e jornalista

Sacolinha – escritor, ativista e coordenador de um centro cultural em Suzano/SP

Marcelino Freire – escritor, blogueiro e agitador literário

Coordenação: Roseli Loturco – jornalista e professora da ONG Papel Jornal

20h Apresentações teatrais

Os Tronconenses – Núcleo Teatral Filhos da Dita (Instituto Pombas Urbanas)

Formado por jovens atores da periferia da Zona Leste, o núcleo apresenta a história de “Tronconé”, uma cidadezinha imaginária que se parece com muitas cidades brasileiras. No espetáculo, crianças encenam a vida adulta, o imaginário e o real se misturam, loucura e lucidez muitas vezes se confundem.

Solano Trindade e suas negras poesias – Capulanas Cia de Arte Negra

A companhia Capulanas é formada por jovens negros atuantes em movimentos artísticos da periferia de São Paulo. Nesta apresentação, a força da mulher negra e das manifestações populares ecoa no trabalho cênico e na dramatização das poesias de Solano Trindade, Elizandra Souza e dos próprios atores.

Local: CEU Campo Limpo (Avenida Carlos Lacerda, 678 – Campo Limpo)

Dia 24/10 (sábado) Caldeirão Cultural
11h Feira de livros e exposições- Venda de livros e a presença dos coletivos literários e escritores periféricos

- Exposição de pinturas, de Jair Guilherme

- Mostra Arte Dulixo, de Tubarão

- Metalmorfose (arte com sucatas de carro), de Casulo

16h DebateArte de rua na periferia

Jair Guilherme – artista plástico e professor de artes, dirige um ateliê na periferia

Michel Onguer – artista plástico das ruas (grafiteiro) e arte-educador

Cripta Djan – pixador e documentarista

Coordenação: João Wainer – fotógrafo e produtor de vídeos

19h Apresentação musical Brau Mendonça

Show intimista de música brasileira com o cantor dos saraus cooperiféricos

20h Encontro dos saraus

Grande encontro de valorização da poética e política dos coletivos literários de São Paulo.

Com: Cooperifa, Elo da Corrente, Rascunhos Poéticos, Sarau da Ademar, Sarau da Brasa, Sarau do Binho, Sarau do Povo e Sarau Rap.

Local: CEU Campo Limpo

Avenida Carlos Lacerda, 678 – Campo Limpo Dia

25/10 (domingo) Música

Apresentações musicais

16h30 Kolombolo Diá Piratininga Grupo que se dedica à pesquisa e difusão do samba paulista

17h30 Wesley Nóog & 1Banda Funk, samba, soul e suingue brasileiro

18h30 PeriafricaniaParticipação de Crônica Mendes, do grupo “A Família” Rap de protesto com um grupo formado nos saraus da Cooperifa

19h30 Versão PopularParticipação especial de B. ValenteMúsica e poesia com o grupo de rap nascido na Zona Sul paulistana

20h30 Grande show de encerramento

GOG

O melhor do hip hop nacional com o poeta do rap.

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quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Jornada Carlos Marighella - a todos e a todas que têm a coragem de dizer



Há quase 40 anos o Estado brasileiro derrubava um de seus mais bravos lutadores: Carlos Marighella. A miséria e a exploração da maioria de nós para o sustento de uma minoria de parasitas é uma das vergonhosas marcas que carregamos desde o período colonial. Carlos Marighella dedicou sua vida a construir uma nação para todos, justa, igualitária, socialista; foi assassinado por isso, foi assassinado por ter tido a coragem de dizer.

Em sua memória convidamos a todos e a todas a participarem de uma jornada de atividades em homenagem a Carlos Marighella.

No dia 24 de outubro, às 15:oo horas, no Espaço Cultural Carlos Marighella, estaremos conversando sobre o que foi a ditadura militar no Brasil; a violência a que se seguiu, e o seu objetivo: garantir regalias a burguesia nacional e servir aos interesses capitalistas estadosunidenses.

Tudo isso recheado de arte e literatura do período, claro. Afinal, a história é uma de nossas mais valiosas armas.
(Rua Carvalho de Araujo, 05, Guaianases - Prox. a rua Oteb Augusto Ribeiro e a Estrada de Poá)

No dia 01 de novembro, às 15:00 horas, também no Espaço Cultural Carlos Marighella, vai rolar um bingo cultural, que nos ajudará no custeio do Espaço, com música, petiscos e muita poesia. Às 16:30 haverá um momento para trocas de livros e cd´s: se tiver em casa algum livro ou cd que não quer mais, leve, quem sabe você encontre algo que te interesse.

Ao longo do mês de novembro estaremos organizando uma atividade centralizada em memória de Marighella, ainda sem data, fique atento.

As palavras dos lutadores não se apagarão enquanto houver injustiça em algum lugar deste planeta.

(Edu)

RONDÓ DA LIBERDADE,

É preciso não ter medo,
é preciso ter a coragem de dizer.

Há os que têm vocação para escravo,
mas há os escravos que se revoltam contra a escravidão.

Não ficar de joelhos,
que não é racional renunciar a ser livre.
Mesmo os escravos por vocação
devem ser obrigados a ser livres,
quando as algemas forem querbradas.

É preciso não ter medo,
é preciso ter a coragem de dizer.

O homem deve ser livre...
O amor é que não se detém ante nenhum obstáculo,
e pode mesmo existir até quando não se é livre.
E no entanto ele é em si mesmo
a expressão mais elevada do que houver de mais livre
em todas as gamas do humano sentimento.

É preciso não ter medo,
é preciso ter a coragem de dizer.
(Carlos Marighella)


Nós temos a coragem de dizer.

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quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Um olá pra todo pessoal de Guaianases e do Espaço Cultural Carlos Marighella!!! Sejam Benvindos todos que passarem por aqui.


Desde que passei a frequentar este espaço de literatura me inspirei e comecei a escrever alguns versos no meu caderno, quero dizer que quando você fica perto de poetas você acaba se contaminando (no bom sentido é claro) e acaba encontrando sua veia poeta, por este motivo que quero convida-los a fazer uma visita ou até frequentar os nossos encontros que são muito agradavéis...




Liberdade
quando voltares
saltarei bem alto
de alegria e jubilo

Uma música vou cantar
para aqueles que se foram
e não suportaram a espera
que foi longa e árdua.


***
Somos nossos próprios vilões
e inimigo de nós mesmo
O medo que sentimos é o
fruto da nossa criação
que nos aprisiona
cada vez mais dentro de nós


***

Pedras se vocês falassem
toda minha infância
pedras
eras o meu brinquedo
O sol escaldante
A flor do maracujá e as pedras
Somente as pedras poderiam dizer...


(Jô)

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Só pra constar!

Literatura marginal, ta aí uma letra que gosto muito!

Mudar o mundo é impossível é o que a maioria diz
Engole a dor engole o ódio e tenta ser feliz
Muitas vezes já pensei sinceramente em desistir
Nessas idas e vindas da minha vida... certo dia numa esquina
Fui separar uma briga dois moleques de rua
Roupa velha toda suja, naquela calçada imunda
Retrato do descaso produto da miséria
O clima se acalmou e nos trocamos uma idéia
No final perguntaram quem eu era
Sou aliado g do grupo face da morte
Graças a Deus tenho família mano, eu tive outra sorte
E o moleque cantou um trecho do tático cinza
E perguntou pra mim você já fez show lá em brasília?
Eu respondi que sim... ele todo sorridente
Então quando voltá lá leva um recado ao presidente
Pra não deixar mais a policia vir aqui bater na gente
Mandar comida pro sertão que o povo tá passando fome
Aqui a gente se vira roubando bolsa de madame então
Vi os olhos deles brilhar
Mesmo sem ter um lugar pro coitado se abrigar
Do frio e da chuva apesar
De sua coberta ser a lua ele é o futuro da nação
É a esperança deitada numa cama de papelão
Que divide a calçada com os vira-latas
Que atravessa as madrugadas geladas e tem amor no coração
E ainda pensa na fome dos irmãos do sertão
Infelizmente essa é sua rotina
Dessa maneira leva a vida ate a próxima chacina
Ele é apenas mais um que o imperialismo extermina
É por essa e outras que não posso parar
Preciso continuar minha luta contra isso
Já sei qual o caminho
Já conheço o inimigo
To ligado sangue bom também sou cheio de defeitos
Mas não posso me cansar porque não tenho esse direito!(2x)

Eu acho que realmente o presidente acha que o povo passa fome
Só de sacanagem só pra derrubar sua popularidade
Realmente ele é Um Covarde!
Quando Cabral chegou gritou "terra a vista"
Puta que pariu Hoje é a prazo que ele vende o brasil!
Às vezes eu paro e reparo e começo a pensar
Refletir sobre essa Guerra e analisar os fatores
Geradores da miséria não tem Como não esbarrar na questão agrária
Uma senhora certa vez me Perguntou se eu era
A favor dos sem terras... mas é claro que eu sou, com muito orgulho
Ela me disse eu também não sou contra
Mas pra que tanto barulho, bagunça?
Eu acho que eles agem errado, é
Quem tem dinheiro não conhece o desespero que existe por ai
tipo Lá no Piauí do Oiapoc ao Chuí... é fácil para julgar
quero ver a Senhora ficar
três dias sem comer sua barriga vai roncar ai vai Ser outro barulho que vai te incomodar, você morre de fome ou Vai roubar!
De repente se pá vai tirar sua bunda gorda do sofá
vai correr Junto dos caras para também se manifestar...
Me desculpa sangue bom eu preciso desabafar minha tristeza, minhas dores
eu consigo extravasar através das lágrimas
até Mesmo num sorriso
o que eu carrego comigo são as dores dos Outros
disposição até o osso não me falta pra lutar!
Não sou exagerado por pensar desse jeito
Sou um doido sonhador que busca um mundo perfeito
To ligado sangue bom também sou cheio de defeitos
Más não posso me cansar porque não tenho esse direito

Será q alguém pode me esclarecer
o que se faz com um bilhão que um Milhão não possa fazer?
só pode ser essa ganância elitista
Somos o maior país da América latina más fazemos tudo errado
somos o maior e temos o menor salário.
A América do norte quando libertou os escravos
ainda deixou 40 Alqueires e uma mula aos humilhados.
Más por aqui como sempre a ganância vem primeiro!
Rapidinho... rapidinho aprovaram a lei vergueiro
para fuder como Os poceiros garantindo a terra título
e não pela ocupação
Aí libertaram os escravos e jogaram na miséria
criando assim Nossos primeiros sem terras!
Onde um dia foi quilombo hoje em dia é favela
Estabelecida sobre a terra, mais abaixo da miséria infelizmente
É o que sobrou pra nossa gente...
Para mim a favela é um acampamento permanente
que ainda não se Organizou politicamente francamente
é um absurdo ver o povo
Vivendo a beira de tudo e não ter acesso a nada
vivendo em meio Às cruzes à beira da estrada
movimentada por onde passa
quem tem A onde ir
não sei como mesmo assim encontram forças pra sorrir
São brasileiros tanto quanto eu e você
Só querem terra pra plantar o que comer
São puxadores de inchada que infelizmente não tem pátria seu moço
Se deus não tiver dó amanhã não tem almoço
É impossível ver isso tudo e me fingir de cego e surdo
Sozinho é impossível
então vamos todos juntos
Se cada um de nos fizer sua parte A gente muda esse mundo
To ligado sangue bom também sou cheio de defeitos
Más não posso me cansar porque não tenho esse direito!

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segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Cooperifa, nosso norte na bússola!

Salve galera mais poética da leste!
Quase que não posto hj, devo confessar que estava meio sem idéia. Então vou falar a vcs um prouco sobre o Cooperifa, projeto liderado pelo grande poeta Sérgio Vaz. Projeto que serve como base para o nosso projeto no Marighella.
Sergio Vaz é um poeta de batalha, transformou um bar no extremo sul de São Paulo em casa cultural, no qual todas as quartas as 21:00, numerosos outros batalhadores da arte se encontram só pra declamar poemas, gente uma coisa linda de se ver, eu me emocionei estando lá, não vejo a hora de retornar, o grande problema é a distância, é quase outro país para nós, e devo confessar que aquela ladeira me matou!!! rsrs!!! Brincadeiras à parte quem tiver o interesse dêem um molhada no livro "O Colecionador de Pedras" de Sergio Vaz e no blog:
http://www.colecionadordepedras1.blogspot.com/


Gente também me emocionei mto no dia 10/10. Foi mto bom estar com vcs. É assim mesmo vamos ousar desse jeito com arte!!!! Valeu. Aí vai o poema meu que o Edu recitou, ficou mto bom mesmo na voz dele, que até comecei a gostar dele... rsrs... Um abraço gente. Boa semana a Todos. E vamos continuar ousando com Arte!!!!

INESCREVÍVEL
(Samuel Macário)

Tarde intensa,
tarde das tristezas,
tarde de ressacas, elos, arames.

O que fora escrito na areia
apagou.
Palavras mudas descrevem
tudo que sou,
palavras assombradas em casas vazias.

Corpo molhado
que a toalha não enxuga,
gotas no telhado
resultado seguinte à chuva.

Poema. Poema contido, enterrado, pisoteado.
Poema sem certeza de sê-lo
sem dizer abslotumante nada,
transbordante e ínvalido.
Poema em tudo que não consegue escrever,
poema que descreve essas
feras aladas, bocas caladas
que por certo queriam dizer
mas preferiram ser guardadas
em gavetas.




Valeu Galera por tudo!!!
(Samuel Macário)

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Sobre Literatura marginal e Literatura periférica

Hoje não era o meu dia de blogar, mas como meus posts estão atrasados, vou postar hoje mesmo!

Nos trajetos de ida e de volta entre casa e o espaço Carlos Marighella, eu e o Edu discutimos algumas coisas sobre o que é literatura marginal, qual a relação dessa literatura conosco e se de fato o que fazemos é literatura marginal. E as respostas foram: Sim e Não.
Afinal de contas o que é essa tal literatura marginal?
A literatura marginal que tem sua maior força nas letras do RAP, forte em algumas grandes metrópoles do país (principalmente em São Paulo), caracteriza-se pela seu forte teor de crítica social e reflexão sobre o viver e a realidade das periferias, o dia-a-dia do morador da periferia permeia as letras musicais e recentemente tem havido publicações de poesias e romances ( com Ferréz, Akins Kinte, Sacolinha etc.) "marginais", mas não é exatamente isso que faz uma obra literária ser propriamente marginal.
Primeiro, qual é o significado da palavra marginal?
Marginal é tudo aquilo que está à margem, às beiras. E o que dentro da literatura marginal pode ser considerado à margem de algo?
O vocabulário carregado de gírias está à margem do vocabulário das grandes publicações.
A temática: o crime, as condições de vida, o ser humano da periferia estão à margem da sociedade. À margem por que encontram-se afastados empurrados para longe, logo, para as beiradas, para longe dos grandes centros. Daí então a justificativa para o nome: Literatura marginal. Uma literatura que fala de coisas que estão à margem, com um vocabulário que está à margem do grande olho do furacão da produção literária.
Outra coisa é literatura de periferia, é possível se produzir literatura na periferia sem ser literatura marginal, o que faz a literatura ser de periferia é ela ser produzida na periferia por pessoas da periferia, falando sobre a periferia ou não. Isso é literatura periférica.
A literatura marginal é literatura periférica, mas literatura periférica nem sempre é literatura marginal.
Na realidade a idéia inicial do nosso projeto era estimular a arte de periferia e não unicamente a arte marginal.
Espero ter conseguido esclarecer as diferenças! (rs)
E viva a literatura e a arte de periferia sendo marginal ou não.
E que através de nossa arte nosso grito calado seja ouvido.

[Euber Ferrari]

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domingo, 11 de outubro de 2009

Sobre o encontro de ontem - literatura e periferia

Após muita apreensão, eis que chega o momento. E não é que deu certo! A atividade de ontem, surpreendeu, foi rica, com debates intensos sobre literatura, sociedade, educação e muita, muita poesia. Acredito que tenha sido uma tarde inesquecível para todos.

Iniciamos com uma discussão sobre literatura marginal, e os temas que ficaram evidentes foram a utopia, presente em vários textos, que apontava sempre para a construção de uma outra sociedade, justa, igualitária, a partir de uma perspectiva de organização e luta.




Além do tema da utopia, também ficaram marcados a violência e o crime como sendo elementos
recorrentes nas literaturas de Ferréz, Sacolinha e do próprio universo Hip Hop. Claro, a literatura trabalha com um universo real, e ali está a realidade de cada um deles. Tudo isso alimentado por leituras dos poemas de Akins Kinte, que você pode conferir uma pouco mais aqui.




Terminado o debate, o microfone ficou livre para
quem quisesse soltar a voz. E o pessoal não perdeu tempo. Para aqueles que não estavam com o poema na mão, deixamos vários livros para quem quisesse procurar algo para declamar. Tinha de tudo: Sérgio Vaz, Ferréz, Álvares de Azevedo, Akins Kinte, Rilke, Carlos Drummond de Andrade e por ai vai.




Os escritores vieram preparados, poemas políticos, propondo engajamento; poemas de amor, apaixonados; poemas repletos de ódio, revolta; poemas sombrios, de morte... ou seja, rolou de tudo. E ao final de cada verso, aplausos, alegria e reconhecimento.
O artista deve estar em contato com seu público, não enclausurado a espera da grande chance editorial. Isso é militância literária.




Não tem como não deixar de ressaltar a dimensão política do evento. As pessoas trouxeram a tona a nossa própria condição de moradores da periferia de São Paulo; o debate racial também esteve presente, de forma afirmativa, nas falas sobre o Rap e nos poemas de Akins. O Samuca trouxe uma fala recheada de socialismo e cristianismo, que botou fogo no debate. Tudo isso em volta do ambiente combativo do Espaço Cultural Carlos Marighella.





Leituras empolgadas do Randi; da Gabriela e da Thays, com muito romantismo; o Anderson, com leitura de Drummond, Flavia e Karoline, com um belo poema de Olavo Bilac; Eduardo (eu), com poemas políticos; o Samuel recitou vários poemas de sua autoria, belíssimos, alguns engajados, outros apaixonados; o Euber soltou a voz, tremeu, mas leu muito bem seu poema, já histórico...

O Michel leu um poema que está postado aqui no blog; a Andréia emocionou com um poema em espanhol, fantástico; e por ai foi a tarde.

Tivemos alguns problemas técnicos, então algumas fotos se perderam, a medida que eu for recuperando, eu posto.

Foi muito bom ter passado essa tarde cultural e subversiva com vocês.


Valeu, Flavia, sempre conosco; Flourece Hélene e Alex Yamaki, valeu pela viagem, pela grata companhia; Gabriela Martins, valeu pelos poemas, singelos; Thays de Fátima, Alecsandro Alves, Deivid Oliveira, Luis Henrique, valeu pela força, pela companhia; valeu, Andréia Oliveira, coordenadora do espaço e agora poeta; Randi, valeu, cara, mas você não escapa, todos querem seus poemas.
Valeu Anderson, cada vez mais junto, unido e forte. A caminhada é nossa, cara. Michel, valeu, mano, mas nós queremos mais poemas. Valeu Euber, parceiro literário, filosófico e revolucionário; valeu Samuca, valeu pelos poemas, pela batalha, valeu por estar conosco, sempre. Karoline, valeu, pelo apoio, pelos poemas. Carolina, valeu pela bagunça; Jô, valeu pelo esforço e empenho para que as coisas acontecessem. Valeu Alex e Florence, espero vocês sempre. E muitos outro valeus para a galera que apoiou a atividade, Serginho, Fábio, Marrieth e toda a coordenação do Espaço Cultural Carlos Marighella. Juntos nós estamos construindo um outro amanhã!!!

(Edu)

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sexta-feira, 9 de outubro de 2009

42 anos da Morte de Che!


"Há que endurecer-se, mas sem jamais perder a ternura" (Che Guevara)

Há 42 anos, exatamente, no dia de 9 de outubro de 1967, o maior ícone revolucionário de todos os tempos, Che Guevara, era executado pelo soldado boliviano Mário Terán, a mando do Coronel Zenteno Anaya na aldeia de La Higuera, na Bolívia.

Um símbolo de luta que foi morto por lutar pelos ideais de igualdade, Guevara era médico e foi presidente do Banco Nacional e Ministro da Indústria de Cuba, ajudou Fidel a derrubar o governo tirano de Fulgencio Batista. Além disso foi o maior símbolo de luta, um símbolo que não morreu, ficou vivo dentro de nossos ideais, na nossa luta e nos nossos sonhos. Um homem que percorreu toda a Ámerica na tentativa de ajudar quem mais necessita, e nos últimos anos lutou pela unificação da Ámerica. Che nos deixou mas seu ideal ainda vive em nós e principalmente no nosso projeto. O socialismo é mais vivo que nunca!!!! Então vamos lutar pelos nossos ideais com nossas armas, papel e caneta, arte e palavra e nossos sonhos! O Socialismo ainda vive! Aqui nos nossos sonhos e ideais. Um viva a Che neste dia, homenagem ao grande homem de luta!!!!

Salve Ernesto Che Guevara!!!!



E amanhã nossa luta continua, amanhã segue nosso caminho contra a opressão, segue nossa ousadia.

10/10/2009 a partir das 15:00 a luta continua. Te espero lá. Vamos Ousar!!!

(Samuel Macário)

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quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Apresentando - Michel Manson - tome nota!!!


Conheci esse cara recentemente. Assim, meio que na moral, chegou aos Encontros de Arte e Literatura do Espaço Cultural Carlos Marighella. Falava pouco, mas, depois, revelou sua paixão pelas artes visuais, seu desejo de se tornar fotógrafo e, recentemente, após muita insistência, desengavetou alguns ótimos poemas.
A temática, como vocês verão, está muito marcada por um universo gótico. Algo de esotérico ronda a sua escrita, a morte, a noite e os seres invisíveis... tudo isso costurado em um formato romântico, bem ao gosto dos poetas malditos de outrora.

Espero que apreciem o teor insólito das poesias.

(Edu)



A Sepultura

se por noite cheia de assombros um bom cristão,
todo apiedado, enterra sob velhos escombros
o teu corpo tao celebrado
na hora em que as límpidas estrelas cerrarem olhos de miosotis
a aranha aqui fará as teias
e a víbora fará os filhotes
ovirás, toda a temporada,
tua fronte condenada,
livros de lobos em solidões
e os dois feiticeiros famintos,
e o dos velhos cheios de instinto
e os viu nos olhos dos ladroes.
(Michel Manson)

***

Na noite sou livre
No vazio de toda noite
Me sinto tão livre, tão liberto
Não preciso mais daquela foice
Agora estou com a mente aberta

A lua em silêncio me observa
A brisa leve toca meu rosto
Esse é o paraíso que me reserva
A parte de minha vida que tenho gosto
Não tenho medo da morte
(Michel Manson)

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quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Somos todos poetas

VOCÊ É UM POETA


Somos todos poetas! cada frase, cada verso que escrevemos está o nosso grito de luta. A terra está girando e o tempo está passando, as geleiras dos pólos estão se deslocando e derretendo, o clima está mudando; pequenos seres estão sendo extintos enquanto isso máquinas perfuram em alto mar em busca de petróleo, peixes morrem... doenças surgem... surtos virais... escandalos politícos... ditadura em Honduras... conflitos no Oriente... crise nuclear no Ocidente ... E onde estão os poetas!! ESTÃO COMPRANDO, TRABALHANDO, VIVENDO SUAS VIDAS SEM PREUCUPAÇÃO,COMENDO PIPOCA E ASSISTINDO A SESSÃO DA TARDE...
Vamos poetas! Parem por um momento suas vidas e olhem ao redor, não achem que tudo isso é normal! Vamos escrever uma nova poesia cheia de mudança onde os nossos filhos escreverão versos de luta e não de alienação.

CONVIDO A TODOS QUE COMPAREÇAM DIA 10/10/2009 ás 15hs no espaço cultural Carlos Marighella. centro de Guaianases. na rua do supermercado Carolina.
VENHA SER POETA, VENHA VIVER A ARTE E DELA COMPARTILHAR . "ENCONTRO DE ARTE&LITERATURA "

Ser poeta é ser desprovido de qualquer glamour,
porque o seu brilho está na humildade dos seus
versos
seja ele de uma intelectualidade só ou apenas um
cordel
vai penetrar bem lá no fundo, muito além do papel.

(Jô)

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